Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
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Última actualização: 25-11-2006 15:43
Arquivo SIC
As imagens das torturas mancharam a imagem da administração Bush
"Rumsfeld autorizou torturas" no Iraque
Ex-responsável de Abu Ghraib acusa o antigo secretário de Estado de Defesa norte-americano
O ex-general Janis Karpinski, responsável pela prisão iraquiana de Abu Ghraib entre Julho e Novembro de 2003, afirma que o antigo secretário de Estado de Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, autorizou as torturas no Iraque.
As imagens das agressões a presos em Abu Ghraib deram a volta ao mundo e mancharam fortemente a imagem da administração do presidente George W. Bush.
Karpinski, que foi o único militar norte-americano de alta patente punido por esses casos de tortura, deixou o exército em 2005 e ofereceu-se agora para testemunhar no processo contra Rumsfeld e 11 outras figuras políticas e militares dos Estados Unidos no Supremo Tribunal alemão.
Numa entrevista publicada hoje pelo jornal espanhol El País, o ex-general aponta o chefe do Pentágono recentemente afastado como responsável último das torturas no Iraque e cita, neste sentido, um memorando assinado pessoalmente por Rumsfeld sobre tais "métodos de interrogatório".
"A assinatura manuscrita estava sobre o seu nome impresso" numa nota informativa sobre interrogatórios, refere Karpinski, acrescentando que tais métodos consistiam em obrigar os prisioneiros a estar de pé durante muito tempo, perturbar-lhes o sonho e os horários das refeições ou pôr a música em muito alto volume.
"Rumsfeld autorizava estas técnicas específicas", declara Karpinski, que decidiu contar o que sabe por considerar ter sido acusado de algo de que não foi responsável.
Segundo o general, os interrogatórios não eram da sua competência, mas sim da inteligência militar, que seguia instruções do general Ricardo Sanchez, comandante em chefe das tropas norte-americanas no Iraque.
As torturas em Abu Ghraib, refere Karpinski na entrevista, começaram após a visita ao Iraque em Setembro de 2005 do general Geoffrey Miller, comandante da prisão de Guantanamo, que ali foi "para ensinar aos membros da inteligência militar técnicas de interrogatório mais duras".
"Antes de partir, Miller disse-me que pretendia assumir o controlo de Abu Ghraib para o transformar num centro de interrogatórios para todo o Iraque, e foi o que fez", acrescentou.
"A partir de Guantanamo ele dava as ordens e conseguia que tudo funcionasse como queria", acrescenta o general.
Sobre a responsabilidade de George W. Bush no processo de torturas, Karpinski afirma desconhecer se ele estava ao corrente dessas práticas, mas defende que o presidente dos Estados Unidos deve "assumir as suas responsabilidades".
Com Lusa
NA INQUISIÇÃO ERA ASSIM.
"Fui preso apesar de estar inocnete. Em cento e cinquenta presos da Inquisição, nem cinco são culpados.As provas de culpa fazem-se `a força das torturas que eles praticam, até em meninos com oito anos ou pouco mais. Estive preso peto da Casa do Tormento e pude ouvir o queixume dos atormentados. Por esta razão os presos confessam o que nunca tinham feito ou sequer sonhado e culpam por cúmplices quantas pessoas lhes vêm à cabeça apenas para se verem livres da tortura..."
SERÁ QUE CONTINUA O FADO? Mas o texto acima é de 1605. Afinal como é?...
Manuel de Brito/Porto
E sabe quem é que em 1605 era a Inquisição? Pois é...
Fundamentalismos e outras coisas que tais sempre serviram ao poder venham de onde vierem, sobretudo quando estamos a falar de impérios universais como era o caso em 1605.
Só que nesse tempo eramos nós agora são eles (USA) e a URSS bem que gostaria de ser mas acabou-se.
É claro que isto não é tão simples, mas por agora, á falta de tempo para argumentar e também de pachorra, fico-me por aqui...
Manuel de Brito/Porto
Todos sabemos da profunda amizade que unia os dois estadistas (confessada por um deles).
O senhor Putin tem feito o seu trabalho. Tchechénia, envenenamento do Presidente da Ucrânia,assassinato de jornalista oposicionista, assassinato de ex-espião do KGB...