Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Mais uma vez esqueceu-se dos "outros".
Andam decepcionados (... e não só) - desde que foi eleito.
Parabéns ao Partido Democrata!
Agora, mãos à obra: ajudar a corrigir o défice e a dívida pública. Estabelecer um plano justo de paz para o Iraque e o Médio Oriente. Recuperar a credibilidade internacional dos EUA.
Mas não tenhamos grandes ilusões... Bush vai fazer o que sempre fez com os condenados à morte no Texas: persistir no erro, manter a teimosia e julgar-se um "duro".
Hilari Clinton: terá chegado a sua hora. Comece por mostrar um plano alternativo no Iraque, na Palestina, no Irão e na Coreia do Norte. Mostre como vai corrigir o défice.
E mais perto das eleições: tente chegar ao coração das mulheres e imponha o seu "sonho" de um serviço de saúde para TODOS os americanos....
E Durão Barroso, como se sentirá com a humilhação do seu protector?
E o PSD que apoiou em bloco essa loucura e esse crime?
E os que no PS apoiaram a invasão do Iraque? Também os houve!
E Portas e outros saprófitas do bushismo?
Os apoiantes da guerra do Iraque vão fazer o previsível:
- "Lavar" a derrota!
Dirão que é um novo ciclo político, a alternãncia democrática, um "desafio" que incentiva permanecer no Iraque, etc.
O seu "compromisso" com Bush, na guerra do Iraque e nas políticas "neo-cons", está para durar.
A factura da subserviência vai ser paga até ao fim.
O ridículo não mata.
Não têm postura democrática, nem humildade suficiente, para assumirem o óbvio.
Isto é, o colossal erro que inquinou o início deste século e tornou o Mundo trágico e inseguro.