Um bom dia para o Papa. Um pequeno passo no diálogo de civilizações!
Dia 1: tudo correu bem. Politicamente correcto. Diplomático.
Erdogan surpreendeu, depois de um golpe de bluff "negativo"… Uma surpresa agradável.
Bento XVI fez bem, muito bem, em afirmar que apoiaria a entrada da Turquia na União Europeia. Falou sobretudo para o seu “povo”: a Áustria e a Baviera, onde militam os mais fervorosos adversários da entrada do Estado herdeiro do Império Otomano na Europa.
A Turquia de Atatürk é um bom aliado na NATO, é um parceiro responsável no Conselho da Europa (embora – hélas! – frequentemente condenado pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, cujas decisões acata ordeiramente….) e se objectivamente cumprir os critérios de adesão, será um bom amigo no clube da Europa!
Muito bem, Bento XVI! Se a visita continuar assim, será uma semana muito positiva!
Erdogan surpreendeu, depois de um golpe de bluff "negativo"… Uma surpresa agradável.
Bento XVI fez bem, muito bem, em afirmar que apoiaria a entrada da Turquia na União Europeia. Falou sobretudo para o seu “povo”: a Áustria e a Baviera, onde militam os mais fervorosos adversários da entrada do Estado herdeiro do Império Otomano na Europa.
A Turquia de Atatürk é um bom aliado na NATO, é um parceiro responsável no Conselho da Europa (embora – hélas! – frequentemente condenado pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, cujas decisões acata ordeiramente….) e se objectivamente cumprir os critérios de adesão, será um bom amigo no clube da Europa!
Muito bem, Bento XVI! Se a visita continuar assim, será uma semana muito positiva!
Comentários
Julgo que, sem escândalo, podemos ver (ajuizar) este 1º. dia, noutra perspectiva.
O Papa cumpriu, hoje, um programa diplomaticamente "muito trabalhado", politicamente controverso e, no aspecto religioso, praticamente aséptico.
Um dia muito marcado pelo "erro de Ratisbona" que, como uma sombra, o persegue. A reunião com o mufti Ali Bardakoglu, importante lider religioso muçulmano, só produziu declarações de circunstância do tipo da "necessidade de conciliação entre as duas religiões"...
e mais não disse.
Finalmente, um grande paradoxo (viragem) político(a).
Enquanto cardeal Ratzinger (prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé), opôs-se à entrada da Turquia na UE porque, segundo então afirmou, a Turquia: "sempre representou um outro continente, em permanente contraste com a Europa".
Hoje, Papa Bento XVI num encontro (sacado a ferros) com o primeiro-ministro turco Erdogan, teria afirmado que: "gostaria de ver a Turquia na União Europeia".
As contradições que a diplomacia tece...ou as "cambalhotas" que as peregrinações obrigam.
Amanhã será - Efeso e Esmirna, lugares historicamente mais próximos da realidade cristã... e mais libertos dos condicionalismos político-religiosos.
Deverá, então, ter um melhor dia!