Iraque - Violência religiosa
Se, cada vez que morre um iraquiano, vítima da violência sectária, nos lembrássemos dos responsáveis da guerra preventiva, não teríamos um segundo disponível para outros pensamentos.
Se um sentimento de justiça habitasse os cidadãos dos países cujos governantes desprezaram a ONU e o direito internacional, e mentiram, inventando armas de destruição maciça, deveríamos exigir o seu julgamento no TPI.
Os iraquianos que sucumbem na orgia de sangue, que o tribalismo e a fé se encarregam de levar a cabo, lembram aos agressores o maior erro histórico deste século e um crime de proporções inauditas.
Quando as rivalidades étnicas entre xiitas e sunitas atingem uma violência intolerável, a que ninguém consegue pôr cobro, vêm à memória as guerras religiosas entre católicos e protestantes que dilaceraram a Europa.
Então era a obediência ao Papa que estava em jogo, misturada com um negócio de indulgências, hoje é o ajuste de contas por umas divergências antigas sobre Maomé, com um genro de permeio.
Os sunitas ganham o Paraíso a matar xiitas, estes têm acesso a matar aqueles. Se vissem o estado lastimável em que chegam, desistiam das 70 virgens que julgam à espera!
Talvez por isso as virgens que aguardam os dementes da fé permaneçam eternamente virgens.
Comentários
Este texto de CE pode considerar-se um texto dramático, porque, peguemos-lhe nós por um lado ou por outro, não tem saída, quero dizer, não tem remédio.
Perante isto o que é que há a fazer. Eu não sei mas preocupo-me com isso. Outros há que não sabem e nem se proecupam. Ou sabem apenas.
Era importante que alguém credível,com inteligência e saber, nos viesse orientar no caminho das ideias de Rousseau, para que conseguíssemos ter razão de existir. Assim, como o mundo vai, penso não e só muito dificilmenet sobreviveremos.
África, Darfur, Médio Oriente, Xiitas... como é possível?
Responda quem souber...
Manuel de Brito/Porto
O que se está a passar no Iraque só tem um culpado, Bush. Os cúmplices são os que o apoiaram.