Aproximação entre Socialistas europeus e Democratas americanos?

São conhecidas as diferenças programáticas entre os Partidos socialistas e sociais-democratas europeus e o ideário, por vezes fluído e indefinível, dos Democratas americanos.

É interessante que ambas as famílias se reúnam e se aproximem.
Os progressistas da civilização ocidental devem dar as mãos pela prosperidade económica e social no mundo inteiro, com respeito pelo ambiente, pelas gerações futuras e pelos direitos das minorias.
Seria bom, para começar, que os Democratas conseguissem ter uma verdadeira estrutura partidária nos EUA, um verdadeiro "aparelho", sempre tão criticado entre nós.
O "aparelho" permite coesão estratégica, definição de linha de rumo ideológico e força para ganhar eleições.
É isso que os Republicanos conseguiram impor nas últimas décadas. É o que sobra aos Socialistas europeus; é o que tem faltado aos Democratas americanos.

Comentários

Anónimo disse…
Não é novo, meus amigos. Já Mário Soares fez o mesmo com Carlucci e a CIA
Anónimo disse…
É necessário, e urgente, fazer a análise do que aconteceu (e não aconteceu) no VII Congresso Internacional do PS Europeu, realizado no Porto.
No que diz respeito à aproximação entre os partidos socialistas europeus e o partido Democrata (americano), como sabemos, essa situação é uma velha história que se entronca na 3º. via de Blair e o então presidente americano Clinton.
Howard Dean, dirigente do Partido Democrata norte-americano teve, neste Congresso, oportunidade de afirmar:
"É hora dos Estados Unidos renovarem suas relações com o resto do mundo"
e, mais adiante, pediu:
"que a administração Bush tenha respeito pelos seus aliados."
Não terminou a sua intervenção sem evocar os bons velhos tempos de Clinton.

Bom, sabemos que H. Dean é um destacado dirigente do Partido Democrático americano, um activista do comité de acção política " Democracy for America", um político que se opôs à invasão do Iraque, etc. Portanto, uma ponte necessária (obrigatória) para o inadiável diálogo euro-americano.
Todavia, existem 2 problemas:
1.) Embora o seu partido tenha conquistado a maioria no Congresso, não influencia no dia a dia a administração Bush. Fiscaliza mas não influencia directamente o quotidiano. A guerra para Bush é o quoatidiano;
2.) O contraponto europeu desta aproximação, isto é, a 3ª. via de Blair, é um modelo em descrédito na Europa, nomeadamente, desde o incondicional apoio do 1º. ministro britanico a Bush na invasão do Iraque. Aliás, a maioria dos observadores sublinhou a ausência de Blair na reunião do Porto. Está fora da família.

Tudo isto para dizer que a desejada aproximação entre socialistas europeus e os Democratas americanos, continua ensombrada por G W Bush. Entre os que o apoiam e os que o rejeitam e continuam a co-existir no seio do PSE.
Todavia, esta importante questão foi, na minha opinião, um mero incidente no percurso político do VII Congresso Internacional do PS Europeu, que ficará no domínio das intenções, à espera de melhores dias (do fim do mandato de Bush).

O mais importante, o que interessa discutir, aqui e agora, aquilo nos irá afectar nos tempos mais próximos, foi tudo o que se disse, insinuou ou omitiu, nesse evento, acerca das futuras (2007-8) alterações à legislação laboral portuguesa - a chamada "FLEXISEGURANÇA".
O debate público sobre este assunto, depois da reunião do Porto, não pode ser adiado.
Anónimo disse…
Os primeiros onde estão, ou quem são? Os segundos assim se auto intitulam, mas ... quem são?.
Democracia, como o Poder do Povo (só através do voto), acredito que exista na Europa.
Socialismo, como aquele regime que quer transformar a sociedade pela incorporação de bens de meios de produção na comunidade, e como divisão entre todos do trabalho comum e dos objectos de consumo, dêem-me um verdadeiro exemplo que exista Europa?.
Democratas Americanos (!?), existirão alguns muito poucos.
Assim sendo ...
Anónimo disse…
O tal aparelho republicano tb não existe, apenas existe uma concentração de forças para ganhar eleições nacionais. O mesmo acontece no lado democrata.
Esta inexistência de aparelho e aparelhismo leva a que os cunhistas não entrem no Estado via aparelhómetro.
A defesa do aparelhómetro partidário tem sempre uma razão de ser, sobretudo porque beneficiará dela...
Anónimo disse…
como diria o outro "é a economia estúpido"... ou os interesses dos monopólios, das multinacionais... pois é uma chatice por mais voltas que se dê... são eles que mandam e os partidos, esses partidos, são meros instrumentos

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