Religião e morte
Lê-se e não se acredita. Vêem-se as fotografias e, entre a raiva e o asco, maldiz-se o mundo, a crueldade e a intolerância.
«El País» dá-nos conta de uma jovem de 17 anos que se apaixonou por um muçulmano e que, por amor, para casar com ele, se converteu ao Islão.
De volta a casa, dois mil curdos de uma seita satânica a que a adolescente pertencia, aguardavam para a matar. À pedrada, como manda a tradição e a honra das famílias. Demorou 30 minutos a agonia de uma vida enquanto o corpo era dilacerado.
A seita - esclarece «El País» - é uma mistura de judaísmo, cristianismo e islamismo, com numerosas regras para ambos os sexos. Os homens não podem lavar-se - nem a cara -, ou barbear-se, e as mulheres são impedidas de aprender a ler e escrever. E o azul é uma cor proibida.
O céu e o mar estão proibidos onde se vive sem azul e morre com o vermelho do sangue próprio. Nenhum credo perdoa ao apóstata.
Parece que adoram o Diabo, a face oculta de Deus, a intolerância dos preconceitos que fazem parte do ADN e constituem a matriz genética de todos os fanatismos.
Fala-se de tradição e há um sobressalto de horror que assoma nos que se libertaram da cultura da morte. Em nome dos costumes, há uma memória colectiva que, de tempos a tempos, nos assalta na orgia de horror e sofrimento que os preconceitos alimentam.
Neste Inferno que a superstição alimenta são sempre mulheres as vítimas da crueldade, as preferidas dos deuses para o sofrimento, designadas pelos hierarcas para expiarem os pecados originais e as culpas colectivas que a demência inventa.
Raios os partam.
«El País» dá-nos conta de uma jovem de 17 anos que se apaixonou por um muçulmano e que, por amor, para casar com ele, se converteu ao Islão.
De volta a casa, dois mil curdos de uma seita satânica a que a adolescente pertencia, aguardavam para a matar. À pedrada, como manda a tradição e a honra das famílias. Demorou 30 minutos a agonia de uma vida enquanto o corpo era dilacerado.
A seita - esclarece «El País» - é uma mistura de judaísmo, cristianismo e islamismo, com numerosas regras para ambos os sexos. Os homens não podem lavar-se - nem a cara -, ou barbear-se, e as mulheres são impedidas de aprender a ler e escrever. E o azul é uma cor proibida.
O céu e o mar estão proibidos onde se vive sem azul e morre com o vermelho do sangue próprio. Nenhum credo perdoa ao apóstata.
Parece que adoram o Diabo, a face oculta de Deus, a intolerância dos preconceitos que fazem parte do ADN e constituem a matriz genética de todos os fanatismos.
Fala-se de tradição e há um sobressalto de horror que assoma nos que se libertaram da cultura da morte. Em nome dos costumes, há uma memória colectiva que, de tempos a tempos, nos assalta na orgia de horror e sofrimento que os preconceitos alimentam.
Neste Inferno que a superstição alimenta são sempre mulheres as vítimas da crueldade, as preferidas dos deuses para o sofrimento, designadas pelos hierarcas para expiarem os pecados originais e as culpas colectivas que a demência inventa.
Raios os partam.
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