Da suspeita à certeza

O debate quinzenal na Assembleia da República era ontem dedicado à Economia, mas foi o caso Freeport que aqueceu o plenário.

José Sócrates e Paulo Rangel envolveram-se numa acesa discussão, com o primeiro-ministro a acusar o PSD de fazer uma "cobarde campanha negra" contra si.

Comentário: Para quem acompanhou o debate, ficou clara a cumplicidade do PSD na campanha.

Comentários

e-pá! disse…
CE:

O deputado PSD Emílio Rangel fez uma pergunta capciosa.

Queria garantias do Primeiro Ministro sobre a eventualidade do SIS andar a investigar elementos do MP.

Não tinha, o referido deputado Rangel, qualquer razão para fazer tal pergunta ao PM.

Perante denúncias na comunicação social feitas por magistrados do MP (não se compreende este tipo de procedimento) o Conselho de Fiscalização do SIRP reuniu e publicou uma nota ilibando o SIS de tais práticas, reafirmando que estava a actuar dentro da Lei.

O Conselho de Fiscalização do SIRP é um orgão nomeado pela AR.

Se existissem dúvidas sobre os termos do comunicado da Comissão de Fiscalização, das duas, uma:
1) Ou a Comissão devia ser chamada à AR, para esclarecimentos;
2) Ou, a pergunta devia ser dirigida ao Presidente da AR, orgão perante o qual a Comissão responde.

O deputado Rangel quis fazer chicana política.
Quis chegar, por caminhos ínvios, ao caso Freeport.

A reacção de Sócrates ao considerar a pergunta "insultuosa" foi, nitidamente, desproporcionada, mostrando nervosismo e cansaço do Primeiro Ministro.
Na verdade, a pergunta estava, somente, deslocada. Podemos dizer, perfidamente, deslocada. Mais nada.

De resto, não me transpareceu que, a sessão parlamentar de ontem, fosse dominada por este assunto.

Mas não há dúvidas de que o PSD vai tentar aproveitar "os casos Sócrates" eleitoralmente.

A rejeição do relatório dos peritos da Câmara da Guarda sobre o trabalho de Sócrates nessa edilidade e a manifesta intenção de participar o caso ao MP, para melhor inqurição, é uma atitude pública do PSD da Guarda e, convenhamos, reveladora de intenções da estratégia eleitoral previamente desenhada.
Mas claras, publicamente denunciadas, à luz do dia.
Por aqui, nada de negro...
Anónimo disse…
aquilo que acho,

é que toda campanha incluindo essas insinuações sobre SIS e magistrados, coitadinhos!,

só tem um objectivo:

manter em lume brando

aquilo que substancialmente esta esvaído de matéria de facto

tal como em 2005 se viu...

resto e musica!!!!

e ordinaria...
abraço

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