PS: um Partido unido na diversidade

A família socialista manifestou, nas eleições dos dois últimos dias, que apoia José Sócrates de forma clara e expressiva.

Numa eleição sem concorrentes, muito mais de 20.000 militantes deslocaram-se às mesas de voto para dar o seu apoio expresso ao seu Secretário-Geral.

O PS demonstrou, assim, que é um partido unido, sem cisões estruturais e divergências radicais, como acontece com o PSD.

Por outro lado, o clima de concórdia e respeito, a abertura ao debate e à participação de outras ideias e de outras moções também foi evidente. Os resultados que elas obtiveram pode decepcionar alguns, mas a votação democrática tem que ser respeitada.

José Sócrates tem agora as condições para se apresentar ao país com um projecto de transformação da sociedade portuguesa e para a recuperação da economia nacional.

Ele deverá reunir os melhores, os mais preparados e os mais capazes para as diversas eleições que se seguem.
Não está depende de grupos ou de facções.
O seu leque de escolha e acção abrange toda a esquerda e centro-esquerda democrática, incluindo os independentes e os simpatizantes do socialismo democrático e da social-democracia.

Comentários

e-pá! disse…
Os Congressos (ou no caso vertente a eleição directa do Secretário-Geral) , dos partidos no Poder, são sempre monótonos. As questões internas, organizativas ou ideológicas são adiadas perante a imperiosa necessidade de conservação do Poder.

A "plateia", não havendo candidatos alternativos, monocórdica.

As votações, aproximam-se, das unanimidades dos ex-Países de Leste.

Os rituais políticos sucedem-se, sem novidades, sem criatividade, sem surpresas...
Mano 69 disse…
E quanto aos «(...)mais preparados e os mais capazes para as diversas eleições que se seguem.» podemos ficar descansados que não haverá alterações significativas sendo assim uma mudança na continuidade.
e-pá! disse…
Mano 69:

Depois de ausências, mais ou menos prolongadas, é sempre bom ler os seus comentários, curtos e acutilantes...
Bem vindo!

Disse que estas reuniões partidárias são, cada vez mais, meros rituais.
Só que a ritualização excessiva da vida política condiciona e corrói a democracia interna dos partidos.
Ninguém se preocupou com as outras moções alternativas à de Sócrates.
Os militantes Fonseca Ferreira e António Brotas não conseguirão - ou se o consguirem será "por favor" - apresentar e discutir as suas moções, no próximo Congresso de Santarém.
Nesta situação, como pode haver alterações ou inflexões políticas?
Ou a mudança deixou de fazer parte do léxico do PS?

O unanimismo, para o PS, abre caminho para o enveredar por uma Esquerda, do tipo versátil, malabarista e jocosa, bem ao geito de Augusto Silva. Ou, então, a outra variante boçal e rude da prefrência de Lello e Vitalino.
Os partidos, para quem segue a polítca de fora, não podem dar a imagem de ser autênticos "caterpillar's de assalto" ao poder.

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