Momento zen de segunda
Enquanto o teólogo Hans Küng afirma que o Papa comete um erro após o outro, os judeus temem que regresse ao anti-semitismo do Novo Testamento, a senhora Merkel se sobressalta e a comunicação social de todo o mundo anatematiza o velho prefeito da Sagrada Congregação da Fé, ex-Santo Ofício, aparece finalmente um irredutível devoto.
João César das Neves (JCN), na sua habitual homilia no DN, vem em socorro de Rätzinger que sofreu com a excomunhão de monsenhor Lefebvre e dos seus sequazes e que, ao tempo, a quis evitar.
JCN tem direito a defender o Papa, sendo certo que o defenderia se ele actuasse ao contrário do que tem feito, porque se move pela devoção, procura a salvação da alma em vez da análise e confunde a fé com a verdade. Para o devoto era-lhe indiferente que, para reintegrar bispos racistas e xenófobos, o Papa tivesse regressado à missa em latim ou a impusesse em aramaico.
Não é o bispo fascista Richard Williamson que está em causa – como afirma –, é o chefe da Igreja católica que o reintegrou não podendo desconhecer as suas reiteradas manifestações negacionistas e anti-semitas. Não cessaram os motivos da excomunhão nem se alterou a conduta extremista dos membros da Fraternidade Sacerdotal São Pio X.
Segundo JCN «A Igreja (…) procura reconciliar-se com todos os que ao longo dos séculos foram abandonando a comunhão católica», mas esquece os progressistas que a própria Igreja silenciou ou a quem interditou o múnus bem como o facto de ser o cristianismo uma cisão do judaísmo.
S. João Crisóstomo considerava bordéis as sinagogas e o imperador Constantino odioso o povo judeu. Não foram os nazis os primeiros a instituírem o gueto e a obrigarem os judeus ao uso de um distintivo amarelo. Coube ao Papa Paulo IV, no séc. XVI, essa infâmia.
Bento 16 precisava bem de demarcar-se do anti-semitismo, pela origem do seu nascimento, a circunstância da sua adolescência e a tradição da sua fé.
E não o fez.
Por muito que custe a JCN.
Comentários
O Ecumenismo é uma rábula.
Tristes tempos, triste e dolorosa agonia de ver maricas a casar. Eutanásia, pois então. Depois virá a adopção de crianças por parelhas aberrantes, "casadas"...
Adoptadas, sim, aquelas que não foram barbaramente assassinadas em ventre materno.
Valha a Restauração que o Santo Padre, timidamente, vai tornando uma realidade incontornável.
JCN...sabe que todas as religiões combatem o proselitismo.
RE: Combatem o proselitismo... das outras.
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Pai de Família:
Os homosexuais já podem adoptar e já o fazem. Há muitos casos, aliás.
Só não o podem casar.
"Apenas" mais um factor a concorrer para a Idade das Trevas que vivemos.
Tristes criancinhas, criadas em meio promíscuo e imoral. Futuros homossexuais, concerteza. A aberração e a imoralidade têm uma espantosa capacidade de se auto-reproduzir...
A agenda destruidora da Civilização, que tanto custou a erguer, à custa da Santa, Verdadeira e Única Igreja Católica. Triste realidade, triste país que se dobrou perante a afronta na batalha pelos mais altos valores.
A prestação do "padre" que foi ao Prós e Prós de ontem, essa então, foi constrangedora.
Com "padres" destes não precisa a Igreja de inimigos externos...
Claro..."das outras"!