Estigma da invasão do Iraque

José Sócrates lembrou que vários chefes de Governo socialistas apoiam o actual presidente da comissão, no dia em que foi escolhido por unanimidade pelos populares europeus.

Comentário: A indignidade da Europa que mentiu e não se retracta. Só o provincianismo pode absolver o crime e os criminosos.

Comentários

e-pá! disse…
A BEATIFICAÇÃO DO ESTIGMATIZADO
...OU NÃO?


É este, hoje, o tema de uma reflexão política de Mário Soares...

Chamou, também (como o título do post) , a esse óbice de Durão Barroso, um "estigma". Acha (Mário Soares), aliás, como a maioria dos democratas, que a referida personalidade política não pode ser desligada da "cimeira da vergonha" (sic) que decorreu, tendo-o como anfitrião, nas Lajes (Açores).

Neste momento, a posição de Sócrates acerca de Barroso tem, para um governante adepto da modernidade e do desenvolvimento tecnológico, um cheiro bafiento a um nacionalismo decadente, decrépito e, politicamente, inconsequente.

A argumentação nacionalista nada tem a ver com a Europa actual, sofrendo uma violenta crise económica e em pré-convulsão social.
As manifestações de ontem em França, foram claros e estrondosos avisos ao poder político para trabalhar mais, com redobrado afinco, na rápida resolução dos problemas, nomeadamente, no drama do desemprego.
De facto, uma estimativa de 3 milhões de franceses na rua (1,2 milhões segundo a polícia), manifestando-se na rua contra Sarkozy, não é confortável para o Presidente francês.
Numa sondagem efectuada pela BVA-BPI-France Info-Les Echós, 74% dos franceses auscultados "estiment que ces mesures ne profitent pas équitablement à tous"... link.

Poettering, presidente do PE, quer que a nomeação do presidente da CE tenha lugar logo após as eleições europeias.
Assim, o presidente será eleito segundo as normas do Tratado de Nice e, caso a Irlanda aprove o Tratado de Lisboa, terá de mudar de cartilha e actuar com base no novo Tratado.
Uma legitimidade, dupla, duvidosa, já que os mecanismos de representatividade são diferentes e "aparecem" novos cargos políticos...

Se, como espero, a Esquerda vencer as eleições europeias, em consequência da resposta dos eleitores à maioria dos governos conservadores europeus, punindo nas urnas o modo como têm lidado com a crise, está criado um embróglio jurídico.
É que a nomeação do presidente da CE deixa de ser "cozinhada" (como está neste momento) nestas cimeiras, para ser uma das importantes perrogativas do Parlamento Europeu.

Resta-me, como a muitos portugueses que ficaram indignados com o servilismo de Barroso a G. W. Bush na desastrosa guerra do Iraque, confiar na argúcia e na clarividência política dos europeus.

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