PCP, PSD e CDS coligados em Lisboa

A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou uma moção de "censura" ao presidente da Câmara de Lisboa, António Costa (PS), subscrita pelo PSD, que considera que o autarca da capital revelou "incapacidade" em definir uma estratégia de segurança.

Comentário: A manipulação feita pelos que não se demitiram, quando caiu o anterior executivo municipal, não os prestigia.

Comentários

e-pá! disse…
O SEU A SEU DONO...

As infelizes declarações se António Costa sobre o tiroteio do Bairro lisboeta Portugal Novo, nas Olaias, alertaram para uma situação explosiva e animaram os ânimos.

A "confissão" de António Costa de que «não há nenhum plano municipal» (sic) relativamente ao bairro Portugal Novo, marcado por ocupações selvagens de casas e por um dia-a-dia de ameaças, apesar de existir uma esquadra na zona, mostrou uma gritante insensibilidade política, numa altura em que, a degradação das condições sociais, decorrente da profunda crise económica e de evidentes fenómenos de exclusão social, principalmente do aumento galopante do desemprego, aconselhavam prudência, contenção e redobrados cuidados em matéria de segurança pública.

Não temos de esperar pela repetição de situações idênticas às verificadas em Paris ou em Atenas para rever ou, se necessário, reforçar um plano de segurança nas grandes concentrações urbanas...

E, nem todos os que votaram as (inconsequentes) "censuras", chamar-lhe-ia antes um "alerta", são os mesmos que se recusaram a demitir quando da queda do executivo municipal de Carmona Rodrigues.
O seu a seu dono!

Eu, pacato cidadão, se nos tempos que correm, vivesse num bairro periférico de Lisboa, estaria bastante preocupado...
E-Pá:

Escusava de dizer-lhe como aprecio as suas intervenções bem fundamentadas, de grande rigor intelectual e notáveis princípios éticos. É o leitor mais interventivo e o que mais enriquece o nível do PE. Deixe que lhe agradeça. Sem a sua colaboração o Ponte Europa seria mais pobre.

O seu comentário sobre a moção de censura em Lisboa é, como de costume, rigoroso e sagaz. No entanto tenho uma opinião diferente, não por razões substantivas mas por motivos circunstanciais.

Vejamos:

- O PCP que prestou grandes serviços a Lisboa na gestão da cidade, sob as presidências de Jorge Sampaio e João Soares, vota agora, por interesses conjunturais em relação ao BE, com a direita;

- A Assembleia Municipal cuja legitimidade foi posta em causa com as últimas eleições, com os membros do PSD e do CDS a manterem-se nos cargos porque a lei não obrigava à repetição das eleições para a AM, é hoje um instrumento ao serviço da candidatura de Santana Lopes;

- Recentemente foi inviabilizado o empréstimo, votado em sede do executivo camarário, pela AM, de modo a comprometer a administração da cidade e a capacidade do presidente António Costa;

- As decisões de um órgão ferido na sua legitimidade moral, condicionado pelos interesses de um dos candidatos, merecem-me suspeita e condeno-as;

- Finalmente, ainda que no caso tenha razão substantiva, repugna-me que o PCP acompanhe a direita da Câmara Municipal de Lisboa.

É um direito que produz, sob o ponto de vista emocional, as consequências previsíveis.

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