Um dos homens que em Portugal sabe desta ‘poda’ (financeira), isto é, das suas ' maningâncias ' assente num saber camoniano (de 'experiência feito') é João Rendeiro (de sua graça) que resolveu produzir sobre o ‘caso GES/BES’, em desenvolvimento, algumas afirmações deveras preocupantes. Trata-se de um expert que sendo, neste momento, um dos principais arguidos no processo BPP ostenta publicamente o ‘ savoire faire ’ relativo a estas coisas e é tido pelos ‘ mercados ’ como um analista qualificado (que terá apreendido com o ‘desastre BPP’). Este ex-banqueiro (actualmente está inibido de exercer essa ‘profissão’) que virou comentador económico-financeiro na blogosfera ( link ; link ) admite que o impacto na economia gerado pela ‘crise GES/BES e associados’ poderá ser quantificado numa queda do PIB que atingirá 7,6% link . Até aqui as preocupações políticas (do Governo e dos partidos) têm-se centrado sobre quem vai pagar a falência do Grupo (BES incluído) e as c
Comentários
A exigência de Sarkozy entrosando a sua eleição, melhor seria dizer, re-nomeação, como presidente da CE, ao resultado do referendo ao Tratado de Lisboa a realizar na Irlanda, pode provocar alguma turbulência.
Neste momento, a Irlanda não tem condições para dizer NÃO à ratificação do Tratado de Lisboa. A sua calamitosa situação financeira quase que se aproxima-se da vivida na Islândia.
A situação económica vigente nos Países do Leste Europeu, manteve-se "silenciosa", mas já não pode ser mais ocultada. São Países que não pertencem a zona euro e tem usado a arma financeira das sucessivas desvalorizações das moedas nacionais para tentar sobreviver.
Outro problema é a Austria. Metade dos empréstimos austríacos (cerca de 290 bilhões de dólares) foram destinados à Croácia, Ucrânia, Romênia e Bulgária.
Para já, poderá haver outras questões ocultas, mas o problema da Irlanda, da Austria e de alguns Países do Leste europeu, como a Polónia, República Checa e Hungria, cujas economias foram submetidas a "alavancagens financeiras" sucessivas, com resultados (negativos) que estão, neste momento, a vir ao de cima.
O problema é outro. A situação no Leste europeu pode, segundo Royal Bank of Scotland, enfraquecer o euro em cerca de 10%.
Não haverá dinheiro para todos...
E casa onde não há pão...
Por outro lado, as próximas eleições europeias trarão novos indicadores sobre algumas questões em suspenso (pelo referendo da Irlanda) e relativas aos orgãos representativos da UE.
Segundo o Tratado de Lisboa o Parlamento Europeu (PE) terá mais poder legislativo, juntamente com o Conselho Ministros
(conjunto dos ministros dos 27 países da UE) em áreas como a agricultura e pescas,
transportes, ajuda às regiões mais pobres da União, justiça e assuntos internos.
Mas, mais crucial, no caso da re-eleição de Durão Barroso, será o decisivo papel do na escolha do Presidente da Comissão Europeia, que elege, e na aprovação da
restante equipa, cuja composição deve reflectir os resultados das eleições europeias...
Finalmente, a criação de um Presidente do Conselho Europeu e a nomeação por este Conselho de um Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, vem complicar todos os esquemas que possam estar ou forem previamente definidos.
Para além da imprevisibilidade dos resultados das próximas eleições, onde já se registam movimentações nos alinhamentos dos grupos parlamentares, penso que dramática situação económica rsultante do alrgamento da UE em 2004 (Países do Leste europeu), poderá "encarniçar" a luta pela obtenção de cargos representativos.
A nova geografia política europeia pode ser mais perniciosa para Barroso do que o seu execrável passado de apoio às politicas aventureiristas, irresponsáveis e, podemos dizer, criminosas, promovidas pelo staff de G. W. Bush, no Iraque...