Inventona de Belém

Pela importância e gravidade da situação, transcrevo um post do blogue Câmara Corpotaiva

É de leitura obrigatória o artigo de hoje do provedor do leitor do Público:
    “Basta aliás avaliar as consequências que a notícia (jamais desmentida por Belém) desencadeou, culminando com o autêntico haraquiri político em directo que foi a comunicação autojustificativa do presidente Cavaco Silva (C.S.) em 29 de Setembro, inteiramente dedicada ao tema, para a caucionar.”
Mas não menos obrigatória é a leitura do comentário do Val à prosa de Joaquim Vieira:
    “(…) já aquando da entrevista de Cavaco ao Público, 12 de Setembro de 2008 e conduzida a solo pelo Zé Manel, o Provedor dos Leitores assinalou a anomalia. Essa peça tem de ser colada ao caso das escutas e aos emails divulgados e não desmentidos. Comprova que a aliança entre o jornal e Belém era total e remontava ao período da saída de Menezes e entrada de Ferreira Leite, pelo menos. As perguntas que temos para fazer a seguir, uma vez estabelecido o padrão conspirativo, em nome da nossa democracia, da nossa dignidade e do básico respeito pelo Estado de direito, são as seguintes:

    - Quando começou o jornal Público a ser usado para fins políticos pelo Presidente da República?
    - Quais os recursos oficiais da Presidência que foram alocados aos exercícios conspirativos que dela emanaram?
    - Quais os nomes dos envolvidos nas conspirações desenvolvidas na Casa Civil?
    - Quando é que Cavaco apresenta a sua resignação?

    Estas perguntas serão desadequadas? O caso não justifica mais esclarecimentos? Devem os jornalistas ignorar a política e ficar-se pela discussão do jornalismo? Pode o Presidente da República desempenhar as suas funções depois dos atentados à Constituição que protagonizou ou dos quais é conivente? Será que, como escreve Joaquim Vieira acima, está o que mais importa é o discorrer abstracto acerca da informação e suas fontes ou, como assumiu o DN, e é essa a mais nobre missão do jornalismo, o que não se admite é a deformação, especialmente ao nível institucional a que estava a ser feita e nos intentos de favorecimento de um partido, e prejuízo doutro, em período eleitoral? Diz lá aos leitores, Joaquim.”

Comentários

andrepereira disse…
Discordo de Joaquim Vieira, quando discorda do facto de o DN ter "revelado fontes de outros jornais", comparando à quebra de sigilo profissional... A notícia era exactamente saber quem era a fonte do Público! Que alternativa tinha o DN?! Dar a notícia pela metade? Cair no ridículo de fazer acusações genéricas à Casa Civil do PR?

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