A saúde do Presidente da República

Seria hipocrisia manifestar, para com o PR, a mais leve consideração ou respeito, para além do que a Constituição da República obriga, mas seria imprudente e trairia o meu dever cívico se não me afligisse com a saúde da primeira figura de Estado e dos perigos acrescidos que a eventual incapacidade pode acarretar a um País em crise.

Não vale a pena enumerar a quantidade de vezes que, na aparência, esqueceu os deveres de Estado, desde o discurso de vitória do segundo mandato, medíocre e rancoroso, até à atitude em relação a José Saramago ou, recentemente, a Carlos do Carmo. As escutas de Sócrates e o esquecimento do local da escritura da casa da Coelha, deviam ter alertado o círculo próximo para uma vigilância redobrada.

A excursão à China, com um cortejo perto do número de marinheiros com que Vasco da Gama foi à Índia e a análise do sorriso das vacas açorianas, podem explicar o reiterado esquecimento dos pedidos de fiscalização sucessiva, pelo TC, dos diplomas do Governo com que este afronta o Tribunal.

Politicamente cego, surdo e mudo perante um Governo que se coloca à margem da lei, o PR apenas repete, num psitacismo recorrente, a necessidade de o PS salvar a coligação e a imagem própria, implorando-lhe a capitulação suicida, numa monótona repetição da «necessidade de consensos».

As ausências frequentes, em público, na comunicação ao país do estatuto dos Açores ou nas cerimónias do 10 de junho na Guarda, e os repetidos desmaios, exigem explicação médica e não a desculpa do especialista em direito, o inefável Marcelo Rebelo de Sousa.

Várias fotos da receção aos reis de Espanha merecem a atenção de especialistas para nos tranquilizarem quanto ao seu estado de saúde. O País encontra-se em estado de estupor e precisa de saber se o PR também.

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