Ontem, na habitual crónica no Jornal Público, Vasco Pulido Valente levanta a ponta do véu sobre o sistema financeiro doméstico e a história paroquial da 'nossa crise'. Claro que existe uma história paralela, de âmbito europeu ou até mundial, de contornos mais difíceis de delinear e provavelmente ainda mais tenebrosa.
Mas o 'caso do Grupo Espirito Santo', onde a procissão ainda vai no adro, é bem revelador da monstruosidade de uma concepção ardilosamente 'vendida' aos portugueses de que teriam vivido acima das suas possibilidades e que justificou todas as transferências monetárias dos cidadãos para o sistema financeiro (nacional e estrangeiro). Esta aleivosia (do viver acima das possibilidades) foi o guião de uma intervenção externa tão entusiasticamente abraçada por este Governo e que nos conduziu a um brutal empobrecimento e - isso sim - ao 'resgate' dos sistemas bancários (nacionais e europeus).
Por cada nova declaração sobre a solidez do BES cresce a certeza de que a intervenção estatal - com todo o cortejo de terríficas consequências - está a caminho. Resta saber se existe alguém que esteja disposto a engolir a mesma poção, tranquila e sossegadamente.
Marcelo e Montenegro, o Sr. Feliz e o Sr. Contente, acompanhados do outro que o golpe urdido no Palácio de Belém com a PGR levou à presidência da AR, foram ontem prestar justas homenagens às vítimas do trágico acidente de helicóptero no rio Douro. Podiam ter evitado atrasar a missa para exibirem na igreja a compunção aos familiares e ao País, mas a laicidade é a vítima dos tartufos de uma República laica. Eles são assim! Ontem, só às 23 horas pude ver os programas que desejava, agora que aprendi a fazê-lo. Vi o bruxo de Fafe, alter ego do PR e possível sucessor na homilia semanal do costume. Falou de forma ligeira da gravidade do roubo dos computadores no próprio Ministério da Administração Interna porque ficava para o humor de Ricardo Araújo Pereira (RAP) que no mesmo canal teria depois o seu programa. Referiu-se ao discurso de Pedro Nuno dos Santos como brilhante e eficiente por ter conseguido afastar a pressão da AD para aprovar sem condições o OE/2025. Também considerou igual...
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Mas o 'caso do Grupo Espirito Santo', onde a procissão ainda vai no adro, é bem revelador da monstruosidade de uma concepção ardilosamente 'vendida' aos portugueses de que teriam vivido acima das suas possibilidades e que justificou todas as transferências monetárias dos cidadãos para o sistema financeiro (nacional e estrangeiro). Esta aleivosia (do viver acima das possibilidades) foi o guião de uma intervenção externa tão entusiasticamente abraçada por este Governo e que nos conduziu a um brutal empobrecimento e - isso sim - ao 'resgate' dos sistemas bancários (nacionais e europeus).
Por cada nova declaração sobre a solidez do BES cresce a certeza de que a intervenção estatal - com todo o cortejo de terríficas consequências - está a caminho. Resta saber se existe alguém que esteja disposto a engolir a mesma poção, tranquila e sossegadamente.