Cavaco Silva, o anti – PR

No início da década de sessenta do século passado, quando do início da guerra colonial, a Legião Portuguesa, em Coimbra, colocou na varanda um cartaz provocatório «Aqui não reside o temor».

Na casa de estudantes em frente, a «Real República Prá-Kys-Tão», logo apareceu outro: «Aqui também não». Bastou a imaginação democrática para vencer o desafio fascista.

Lembrei-me deste episódio que ficou na memória da cidade e do país com a afirmação de Cavaco Silva, legionário da PàF, esquecido das funções de PR, em relação à ameaça e ofensa aos partidos do novo «arco do poder», não se arrepender de «uma só linha» do novelo em que enredou a lógica, a honra e o respeito que deve a todos os portugueses.

Depois de tão insólita insistência na provocação só há uma resposta, a censura de todos os patriotas a quem tem da democracia uma leve ideia, da República total desprezo e da Constituição, que jurou, uma verdadeira amnésia.  

Comentários

e-pá! disse…
A imaginação leva-nos a antever a possibilidade de, nos próximos tempos, poderemos ser surpreendidos pela colocação de uma faixa, lá para os lados de Belém, com os seguintes dizeres:
"AQUI [JÁ] NÃO HABITA O TUMOR (democrático, entenda-se)"...

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