O dia de ontem - 19-11-2016
Para mim foi o encontro com velhos amigos no lançamento de um livro, pretexto para abraços e desfile de memórias, num dia carregado de ameaças a nível global.
- O Diário de Notícias deixou o edifício que tem o seu nome, depois de 76 anos a repetir outros 76 anos da rua que tem, há muito, o seu nome. Os jornalistas são despejáveis, e havemos de chorá-los agora, quando a especulação imobiliária os aloja em casa, frente a um computador, sem alma, sem gente e sem liberdade. Guardo do DN o artigo pungente e corajoso, de ontem, de Fernanda Câncio, e o do último cronista do DN, Ferreira Fernandes, de hoje.
- O dia de ontem, há 41 anos, foi a véspera da morte do genocida Francisco Franco. Escreverei sobre ele, durante a tarde de hoje. Os jornais espanhóis podem esquecer-se e a memória é um exercício doloroso para que vai faltando coragem. Que não me falte.
- Conheceram-se os principais colaboradores do protofascista Donald Trump. O homem não desiludiu. A tragédia vem a caminho. Cito a partir do DN de hoje: - O novo procurador-geral apoiou a deportação de milhões de imigrantes ilegais e impôs uma moratória à entrada de muçulmanos nos EUA; o novo diretor da CIA foi o primeiro congressista do Tea Party; o novo conselheiro de segurança nacional é um general conhecido pelas suas posições xenófobas; o principal conselheiro da Casa Branca é o responsável por um sítio de extrema-direita, na NET, “nacionalista, nativista e defensor da supremacia branca”.
Não é o primeiro a ser eleito democraticamente, mas é o mais poderoso e perigoso de sempre, quando o mundo já não tem força anímica, nem pode, na época de globalismo, transformar a saudação mexicana, que a imagem documenta, num grito universal.
- O Diário de Notícias deixou o edifício que tem o seu nome, depois de 76 anos a repetir outros 76 anos da rua que tem, há muito, o seu nome. Os jornalistas são despejáveis, e havemos de chorá-los agora, quando a especulação imobiliária os aloja em casa, frente a um computador, sem alma, sem gente e sem liberdade. Guardo do DN o artigo pungente e corajoso, de ontem, de Fernanda Câncio, e o do último cronista do DN, Ferreira Fernandes, de hoje.
- O dia de ontem, há 41 anos, foi a véspera da morte do genocida Francisco Franco. Escreverei sobre ele, durante a tarde de hoje. Os jornais espanhóis podem esquecer-se e a memória é um exercício doloroso para que vai faltando coragem. Que não me falte.
- Conheceram-se os principais colaboradores do protofascista Donald Trump. O homem não desiludiu. A tragédia vem a caminho. Cito a partir do DN de hoje: - O novo procurador-geral apoiou a deportação de milhões de imigrantes ilegais e impôs uma moratória à entrada de muçulmanos nos EUA; o novo diretor da CIA foi o primeiro congressista do Tea Party; o novo conselheiro de segurança nacional é um general conhecido pelas suas posições xenófobas; o principal conselheiro da Casa Branca é o responsável por um sítio de extrema-direita, na NET, “nacionalista, nativista e defensor da supremacia branca”.
Não é o primeiro a ser eleito democraticamente, mas é o mais poderoso e perigoso de sempre, quando o mundo já não tem força anímica, nem pode, na época de globalismo, transformar a saudação mexicana, que a imagem documenta, num grito universal.
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