A censura escusada ao cartunista
Para além do reconhecimento do direito à crítica e da defesa da liberdade de expressão, há no traço iconoclasta de António uma saudável crítica ao sionismo e ao destempero de Trump.
Devemos saber distinguir o antissemitismo, que é um crime, do sionismo, que é outro.
Devemos saber distinguir o antissemitismo, que é um crime, do sionismo, que é outro.
Comentários
Como considerei a caricatura de Serena Williams racista, com o desenho a lembrar os estereótipos dos negros na América Sulista dos anos anteriores ao movimento dos direitos cívicos.
O contexto importa e muito...
Todavia, a Casa Branca e várias associações judaicas norte-americanas que concentram o lobbie sionista, criticaram o cartoon acusando-o de ser antissemita. O “The New York Times” que o publicou foi pressionado e até pediu desculpas publicamente: https://www.nytimes.com/2019/04/28/business/ny-times-anti-semitic-cartoon.html
Além de tudo, esta caricatura fornece munição à Direita israelita para ela continuar com a política que António queria criticar, apoiada naturalmente por Trump.
Não precisámos de recorrer a estereótipos para criticar as políticas do Estado de Israel. E se a ser assim não há maneira de satirizar o atual estado de coisas, é muito simples, passemos sem a sátira. Há alturas em que o riso ou a ironia são absolutamente despropositados... Fazem tanto sentido como uma viola num enterro...