Cultura. Exposição «Kyrios».
Encontra-se em exposição na catedral de Ciudad Rodrigo, a cerca de 30 quilómetros de Vilar Formoso, uma exposição de arte sacra – pintura e escultura –, com duzentas peças, seis delas portuguesas, de extraordinário interesse histórico e estético.
O profissionalismo com que foi organizada, o cuidado na selecção das peças e a criteriosa sequência, fazem desta exposição «As Idades do Homem» uma admirável viagem através da cultura judaico-cristã, tendo Cristo como protagonista.
Convém lembrar que «Kyrios» é a palavra grega que significa «Senhor» e que, atribuída a Cristo, é pretexto para a evocação do Novo Testamento, das manifestações de fé e da liturgia da Igreja católica.
Excelente pretexto para crentes e não crentes se familiarizarem com belos testemunhos de arte sacra, até ao próximo dia 8 de Dezembro.
O profissionalismo com que foi organizada, o cuidado na selecção das peças e a criteriosa sequência, fazem desta exposição «As Idades do Homem» uma admirável viagem através da cultura judaico-cristã, tendo Cristo como protagonista.
Convém lembrar que «Kyrios» é a palavra grega que significa «Senhor» e que, atribuída a Cristo, é pretexto para a evocação do Novo Testamento, das manifestações de fé e da liturgia da Igreja católica.
Excelente pretexto para crentes e não crentes se familiarizarem com belos testemunhos de arte sacra, até ao próximo dia 8 de Dezembro.
Comentários
Refiro-me aos vitrais (logo a seguir vêm as tapeçarias).
Os vitrais "encontram" a luz, as cores, os reflexos e as penumbras. São a interface policrómica entre o cinzento interior dos Templos e o exterior (Mundo) radiante e radioso.
Alguns policromos e grandes murais (de cerâmica), associam-se às potencialidades estéticas dos vitrais e acabam por completar a "arte dos mestres vidraceiros" como, p. exº., Jean Bazaine.
Por outro lado, os vitrais "não figurativos" que, desde Alfred Manessier, com polémica e escândalo, se foram impondo nos Templos (como por exemplo na Igreja do Santo Sepulcro de Abbeville), dando lugar a uma brilhante partilha estética no contraste com a densidade pétrea das naves e dos sombrios e sorumbáticos espaços interiores, profanamente excitados e vivificados pelas policromias dos vitrais.
Quando ocasionalmente, ou por curiosidade cultural, visito um ambiente sacro, vou à procura de vitrais.
Nunca me senti estimulado para visitar uma exposição de arte sacra. Não consegui, neste âmbito, ultrapassar a limitada, mas para mim estusiasmante, contemplação vidraceira (ou vitraleira).
Todavia, sei que nessas exposições se podem encontrar preciosas obras culturais.