Donald Rumsfeld

A demissão do braço direito de Bush, não altera a natureza da sua Administração, nem torna mais seguro o mundo, mas dá razão aos que denunciaram a incompetência e corrupção dos ultra-conservadores americanos.

A amnésia do Vietname e o fundamentalismo evangélico levaram os Republicanos a uma leviandade sem precedentes nas anteriores presidências.

Nunca a cruzada moral, o proselitismo evangélico e os interesses do petróleo estiveram tão interligados. Bush, a pedir a protecção divina para os seus soldados, empenhados na defesa do Eixo do Bem, e a fazer orações públicas, pareceu sempre um pastor na homilia dominical e não o presidente da maior potência mundial.

Rumsfeld era o rosto do político que considerava irrelevantes o direito, a opinião pública internacional e a ONU. A tortura era um método de investigação que defendia para os suspeitos de terrorismo e tolerava nas prisões militares.

A América autista e beata começou a morrer. Espera-se o renascimento da América do sonho e da esperança, da justiça e da liberdade, da coragem e da solidariedade. É dessa América que tenho saudades, dos que fizeram a Constituição, dos que ajudaram a Europa a libertar-se do nazismo, exploraram o espaço e se colocaram na vanguarda da ciência.

Viva a América.

Comentários

andrepereira disse…
E já agora, da América que, perante a impotência vergonhosa da Europa, veio trazer ordem e paz à Bósnia e ao Kosovo!
Viva a Liberdade e a Democracia!
Anónimo disse…
" Trocar o secretário de Defesa logo após uma derrota eleitoral, com a renúncia de Donald Rumsfeld nesta quarta-feira (8), não é nada mais do que uma rápida jogada política do presidente George W. Bush para tentar convencer a opinião pública que o governo pretende agir de forma mais moderada após a derrota do partido republicano."
Afirmação do analista político norte-americano Pietro Nivola, vice-presidente do Instituto Brookings.

A derrota eleitoral nas eleições para o Congresso, enfraqueceu de modo drástico G W Bush. A imediata substituição de Rumsfeld é uma jogada (dos neo-cons, suponho) para ganhar alguma margem de manobra no sentido de prosseguir, sem sobressaltos de maior, o exercício presidencial.
Por outro lado, é necessário ter em conta que a demissão de Rumsfeld era reclamada, muito antes das eleições, pelo Partido Democrático e, até, por alguns republicanos.
Enfim, um novo(?) rosto para lidar com o mesmo problema, sem alterações previsíveis.
A Administração Bush vai enfrentar constantes "conflitos constitucionais" com os democratas.

Bush não deverá alterar - na sua Administração - nada que seja importante. Vai mudar o estilo - num ensaio de "centralismo presidencial", relativamente solitário, cujas consequências são dificeis de prever.
Todavia, o que assusta o Bush são os vastos poderes que o Congresso dos EU detem para investigar a Administração.
Nesse campo não há "vetos" presidenciais que lhe valham. A partir de agora os Democratas podem sujeitar a Administração Bush a ser "consumida" em lume brando. E, atrás dela, o Partido Republicano o que é, em termos políticos, mais problemático.
Perturbações importantes da vida política norte-americana podem surgir do interior do PR.
Anónimo disse…
Por lapso a conclusão não foi publicada na integra.

onde se escreve:
"Perturbações importantes da vida política norte-americana podem surgir do interior do PR."

devia estar:
"Perturbações importantes da vida política norte-americana podem surgir do interior do Partido Republicano. Para este, a prioridade deixou de ser Bush. Passou a ser as eleições presidenciais de 2008."
Vítor Ramalho disse…
O princípio do fim dos "neocons". Mas não tenhamos ilusões. Mesmo que os EUA venham a ter um presidente Democrata nas próximas eleições para o cargo, as relações com Israel permanecerão inalteradas, tal como a política para o Médio Oriente: subserviência total a Telavive em ambas. A politica imperialista vai manter-se e o mundo estará cada vez menos seguro.
Anónimo disse…
Os partidos americanos são totalmente de direita (próximos da extrema), mesmo se os democratas estão à esquerda dos republicanos.
Agora que o pior presidente de todos os tempos tenha levado tamanha derrota, está certo, mas à dois anos podiam ter eleito a rainha do ketchup, pois se não conheciam esse Bush quando foi eleito para o primeiro mandato, o povo americano já o conhecia quando o elegeu uma segunda vez, mas esse povo não quiz eleger como primeira dama, uma portuguesa de Maputo (Lourenço Marques).
Anónimo disse…
embandeirar em arco é que não! é ingenuidade que nada aconselha!

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