Independentistas na mira do SIS?
O deputado Coito Pita é o que, hoje, se chama um «cromo».
O PSD da Madeira acusou ontem o primeiro-ministro, José Sócrates, e o PS de serem responsáveis pela ressuscitação do espírito independentista na Madeira devido à sua actuação no âmbito da Lei das Finanças Regionais.
Comentários
- Têm Rei, têm Nobreza e têm povo. Apesar do melhor representante do Clero estar ausente no Brasil...uma transferência pela IURD é, seguramente, uma mais valia para a Ilha.
Ah! E...paguem o que devem aos pacóvios contribuintes do continente!
A "ameaça" velada (ou a denúncia?) de Coito Pita no parlamento regional não justifica, em meu entender, qualquer investigação do SIS. É um caso de procedimentos constitucionais.
Coito no uso da palavra teve afirmações que deveriam merecer um inquérito da Procuradoria Geral da República.
O prolixo deputado regional, quer nas declarações no parlamento regional, quer em declarações posteriores aos orgãos de informação, entra em colisão com Artigo 225.º da Constituição(Regime político-administrativo dos Açores e da Madeira), onde no ponto 3. está referido:
"A autonomia político-administrativa regional não afecta a integridade da soberania do Estado e exerce-se no quadro da Constituição."
Mas a situação madeirense é, ainda, mais caricata.
Existe, na Madeira, com actividade errática - só sendo activada quando há crises de relacionamento com o "continente"- uma organização independentista chamada "Fórum para a Autonomia da Madeira" (FAMA), chefiada por um deputado regional do PSD - Gabriel Drumond. Alberto João Jardim é, também, membro deste Fórum. Em 22 Nov 2005, G. Drumond, perante o plenário do parlamento regional, exigiu um referendo que decida, SIM ou NÃO, a independência da região. E os termos que utilizou para solicitar esse referendo foram: "A bem ou a mal".
Portanto, tanto Coito Pita, como aliás Alberto João Jardim quando ameaçam com actividades separatistas, sabem do que estão a falar. Estão, tão somente, no cerne da referida organização independentista.
A FAMA é o orgão político independentista, a FLAMA, o seu braço armado. Em política está tudo (ou quase tudo) estudado e visto.
Até aqui, perante a negligente tolerância da República.
Para o futuro, o Presidente da Républica deve deixar bem claro que, a haver os anunciados "motins", estes, darão lugar a inadiáveis e intransigentes consequências constitucionais.
A paciência tem limites...
Presinto que faltará pouco para "os continentais" saírem à rua exigindo a "INDEPENDÊNCIA PARA A MADEIRA, JÁ!"