Por favor, não prendam as mulheres
CINCO MILHÕES DE MULHERES INTERNADAS DEPOIS DE ABORTOS CLANDESTINOS.
Quando mais de cinco milhões de mulheres têm complicações graves, na sequência de abortos clandestinos, e a mesma razão constitui, todos os anos, causa de morte para 68 mil mulheres, temos um caso grave de saúde pública, a nível mundial.
Não se trata de usar a dimensão da tragédia para violar a consciência dos que, por razões respeitáveis da sua liberdade individual, votam NÃO no referendo que se avizinha, em Portugal. É uma chamada de atenção para os que não costumam dar-se ao trabalho de ir votar.
Os números referidos são da OMS e servem de base a um estudo da revista «Lancet», provavelmente a mais respeitada e credível revista médica, a nível mundial.
O que está em causa não é a obrigatoriedade do aborto, situação que tem precedentes na Índia e na China, mas tão só o impedimento legal de perseguir as mulheres – sempre as mulheres, só as mulheres –, por razões tantas vezes dramáticas.
Os argumentos que agora repetem os partidários do NÃO são os mesmos que usaram quando a violação, a malformação do feto e o perigo de vida da mãe levaram a Assembleia da República (sede donde nunca deveria ter saído a solução) a descriminalizar tais situações. Foram ferozes os anátemas, terrorista a linguagem e chocantes as imagens utilizadas.
Pior do que a IVG até às 10 semanas é o fruto do incesto, o desespero de quem não tem condições psicológicas para carregar durante nove meses uma frustração e o nascimento de um filho indesejado.
Com a mesma serenidade com que os adversários vão votar não, com o cansaço de ver mulheres presas por um crime que deixou de o ser na maior parte dos países europeus, vou votar SIM.
Quando mais de cinco milhões de mulheres têm complicações graves, na sequência de abortos clandestinos, e a mesma razão constitui, todos os anos, causa de morte para 68 mil mulheres, temos um caso grave de saúde pública, a nível mundial.
Não se trata de usar a dimensão da tragédia para violar a consciência dos que, por razões respeitáveis da sua liberdade individual, votam NÃO no referendo que se avizinha, em Portugal. É uma chamada de atenção para os que não costumam dar-se ao trabalho de ir votar.
Os números referidos são da OMS e servem de base a um estudo da revista «Lancet», provavelmente a mais respeitada e credível revista médica, a nível mundial.
O que está em causa não é a obrigatoriedade do aborto, situação que tem precedentes na Índia e na China, mas tão só o impedimento legal de perseguir as mulheres – sempre as mulheres, só as mulheres –, por razões tantas vezes dramáticas.
Os argumentos que agora repetem os partidários do NÃO são os mesmos que usaram quando a violação, a malformação do feto e o perigo de vida da mãe levaram a Assembleia da República (sede donde nunca deveria ter saído a solução) a descriminalizar tais situações. Foram ferozes os anátemas, terrorista a linguagem e chocantes as imagens utilizadas.
Pior do que a IVG até às 10 semanas é o fruto do incesto, o desespero de quem não tem condições psicológicas para carregar durante nove meses uma frustração e o nascimento de um filho indesejado.
Com a mesma serenidade com que os adversários vão votar não, com o cansaço de ver mulheres presas por um crime que deixou de o ser na maior parte dos países europeus, vou votar SIM.
Comentários
É um mal em si. Uma violação dos princípios éticos mais básicos.
Não façamos a campanha pela banalização...
Se estes números são verdadeiros, são de lamentar. Mas não devem servir para banalizar a vida humana, ainda que pré-natal...
Acho que tem razão em não querer banalizar uma coisa grave mas a descriminalização não provou que as IVG tivessem aumentado.
Também é preciso dizer que o circo mediático que o lobby abortista criou nalguns julgamentos era mais uma mentira uma vez que na esmagadora maioria dos caso travasse de abortos com mais de dez semanas.
O que virá a seguir? As doze semanas, os nove meses, a possibilidade para deixar morrer recém nascidos com deficiências, como já é possível nos USA e está a ser discutido em Inglaterra.
A pena de morte já foi abolida que eu saiba.