Sacrifícios…para todos
O que mais choca, neste período de crise, não é tanto o aperto financeiro (de quem o pode suportar) mas, sobretudo, as injustiças e diferenças sociais que atingem a grande maioria dos portugueses.
As dificuldades orçamentais podem ajudar a corrigir anomalias e a eliminar privilégios que o desinteresse de uns e a ganância de outros acabou por permitir.
É difícil aceitar que a acumulação de funções públicas e/ou de pensões de reforma, pagas pelo Estado, não tenham como tecto o vencimento do primeiro-ministro, excepto para os dois titulares de Órgãos da Soberania que o precedem – PR e presidente da AR.
Os direitos adquiridos não devem gozar de maior protecção jurídica do que os direitos que a Constituição consagra.
A remuneração do Presidente da República deveria constituir uma barreira intransponível que, nem o próprio, poderia ultrapassar.
Se há funções em empresas públicas que exijam remunerações particularmente elevadas só há uma solução compatível com a dignidade das funções de PR – atribuir-lhe o maior vencimento que o Estado conceda, acrescido de 5%.
E, naturalmente, suspender-lhe a totalidade de quaisquer pensões de reforma oriundas do erário público.
As dificuldades orçamentais podem ajudar a corrigir anomalias e a eliminar privilégios que o desinteresse de uns e a ganância de outros acabou por permitir.
É difícil aceitar que a acumulação de funções públicas e/ou de pensões de reforma, pagas pelo Estado, não tenham como tecto o vencimento do primeiro-ministro, excepto para os dois titulares de Órgãos da Soberania que o precedem – PR e presidente da AR.
Os direitos adquiridos não devem gozar de maior protecção jurídica do que os direitos que a Constituição consagra.
A remuneração do Presidente da República deveria constituir uma barreira intransponível que, nem o próprio, poderia ultrapassar.
Se há funções em empresas públicas que exijam remunerações particularmente elevadas só há uma solução compatível com a dignidade das funções de PR – atribuir-lhe o maior vencimento que o Estado conceda, acrescido de 5%.
E, naturalmente, suspender-lhe a totalidade de quaisquer pensões de reforma oriundas do erário público.
Comentários
O problema encontra-se no "assalto", na sistemática entrosão, dos economistas e gestores, nos antros de decisão política.
A economia matou a política.
E os "novos" decisores, oriundos dessa área, fazem-se pagar caro - no activo e na projectada reforma.
Entretanto, a área económica onde pontificam é, deixemo-nos de enfabulações, o elo mais fraco do nosso desenvolvimento.
Mas, enquanto não são denunciados,tornam-se pródigos em recompensas pecuniárias e mordomias futuras.
Nunca aceitarão (de livre vontade) nivelar as suas remunerações, ou as suas reformas, com as dos políticos.
Parecem viver num outro Mundo. E lá continuarão - se os deixar-mos.
Na realidade, o poder político subordinou-se (ajoelhou-se) aos ditames do poder económico. Este, teima em sentar-se à mesa do orçamento e banquetear-se proficuamente.
Quer excluir desse "repasto" tudo o que é Estado Social e, invectiva tudo o que é público - a começar pela administração e os seus funcionários. Eufemisticamente, usa o termo "emagrecimento" do Estado. E a sua política anorética só terminará quando ... restarem só eles (os próprios).
Não tenho dúvidas de que é para esta a situação que se caminha neste Mundo globalizado, onde as desigualdes e as iniquidades se acentuam, todos os dias.
Daí, as administrações faustosamente remuneradas, as assessorias principescas, as reformas antecipadas (céleres)... que, neste período crítico, de sacrifícios para muitos, nos revoltam.
Quem enfrentar este estado de coisas colhe, momentaneamente, frutos. É o que, na medida do possível, Sócrates tem tentado.
Mas a inversão da situação de fundo, isto é, a recolocação dos poderes político e económico, cada um no seu galho (no seu sítio) parece-me ser uma utópica miragem.
Todavia, vale a pena denunciar e, mais do que isso, impõe-se uma luta sem tréguas pela justiça social e pelos direitos de cidadania.
Sem demagogias!
Os nossos políticos são uns verdadeiros "larápios"...
No congresso do PS, era ver carros e mais carros, do Estado, verdadeiro abuso na utilização dos bens públicos...são todos iguais.
Indíos chupistas...
Não confundir direitos adquiridos com privilégios políticos e afins.
O mínimo que o Governo Sócrates devia fazer era aplicar as novas regras ao pagamento das pensões vitalícias anteriores. E certas pensões políticas deviam eliminadas.
Depois admiram-se que o português tenha pouca formação cívica...
então a gente não vê isso todos os dias????
klaro ke há para ai um pessoal que julga que ainda somos todos cegos.
Olhe que não olhe que não.
isso foi noutro tempo, entende?
Porca política.