Um dos homens que em Portugal sabe desta ‘poda’ (financeira), isto é, das suas ' maningâncias ' assente num saber camoniano (de 'experiência feito') é João Rendeiro (de sua graça) que resolveu produzir sobre o ‘caso GES/BES’, em desenvolvimento, algumas afirmações deveras preocupantes. Trata-se de um expert que sendo, neste momento, um dos principais arguidos no processo BPP ostenta publicamente o ‘ savoire faire ’ relativo a estas coisas e é tido pelos ‘ mercados ’ como um analista qualificado (que terá apreendido com o ‘desastre BPP’). Este ex-banqueiro (actualmente está inibido de exercer essa ‘profissão’) que virou comentador económico-financeiro na blogosfera ( link ; link ) admite que o impacto na economia gerado pela ‘crise GES/BES e associados’ poderá ser quantificado numa queda do PIB que atingirá 7,6% link . Até aqui as preocupações políticas (do Governo e dos partidos) têm-se centrado sobre quem vai pagar a falência do Grupo (BES incluído) e as c
Comentários
CE:
A ida de Bento XVI à Turquia, no seguimento da polémica suscitada à volta da "lição" proferida em Ratisbona (Alemanha)foi, e é ainda, alvo de muita controvérsia.
Depois do incidente, Ratzinger apressou-se a clarificar o seu pensamento e a "desculpar-se" das afirmações então efectuadas.
Reuniu-se com os embaixadores dos países muçulmanos representados no Vaticano, reiterando seu profundo respeito pelo Islão.
Por outro lado a estrutura diplomática do Vaticano multiplicou-se em inciativas para desdramatizar o incidente. E, finalmente, considerou-o, ultrapassado.
Esta visão unilateral dos factos é, diplomaticamente, muito confortável mas não toma em linha de conta que numerosos grupos islâmicos e dirigentes muçulmanos, nunca aceitaram as explicações do Vaticano.
Nessa altura, estes dirigentes manifestaram-se no sentido de Bento XVI cancelar a viagem à Turquia.
Não foram ouvidos.
Depois há outro incidente.
O Papa reafirma a sua vontade de manter a viagem à Truquia visitando Ancara e ...(pasme-se!) - Constantinopla.
Ratzinger a "sonhar" com o Império Romano do Oriente. Desde 1930, depois da implantação da República da Turquia (1923), sob a direcção de Ataturk, que se extingiu o sultanato. A "tal cidade" perdeu o estatuto de capital em favor de Ankara, ganhando o nome oficial de Istambul.
A diplomacia do Vaticano sabe disto.
Bem,há ainda mais.
A Turquia bate-se neste momento pela sua integração na CE. Tem sido um processo difícil e complexo para os políticos turcos. Ratzinger, na altura do conclave é acolhido na Turquia com muita preocupação, não nos meios regigiosos mas, essencialmente, nos circulos políticos (laicos). Ratzinger, ainda cardeal, tinha-se manifestado contra a entrada da Turquia na CE.
Finalmente, na Turquia, aproxima-se um período eleitoral. Nenhum político deseja esta visita que, neste campo, e n esta altura, só pode ser problemática.
Pelo que, para além das importantíssimas motivações religiosas, nomeadamente, em relação à Igreja Ortodoxa, considero esta visita é um flagrante "erro" diplomático do Vaticano.
Só faltou ser declarado "persona non grata".
CE: Não há de facto uma "indlicadeza diplomática", há um incidente diplomático em gestação. Entre a concepção "universalista" da ICR e a soberania dos povos.
Se o estado é laico, porque haveria do PM Turco se encontrar com o Papa
O comentário refere-se, no essencial, às relações entre o Estado do Vaticano e a República Turca e sublinha as envolvências diplomáticas desta visita.
Claro que, como todos sabemos, ambos os Estados têm uma larga influência religiosa. Larga ou total - à escolha.
A problemática religiosa que motiva a ida de Bento XVI à Turquia será (deve ser) outro assunto.
Para mim, é , essencialmente, um apoio ao Patriarca Ortodoxo de Constantinopla, Bartolomeu I.
Não me enganei: Patriarca Ortodoxo de Constantinopla e, não, Patriarca Ortodoxo de Istambul.
A visita ocorrerá durante as festividades de Santo André, em 30 de novembro, padroeiro da Igreja Ortodoxa.
Bento XVI vai ao encontro de Bartolomeu I para, como afirmou este, "dar voz às minorias religiosas, num país onde os muçulmanos são maioria"...
Assim seja!