Ponte Europa
A persistência de um provocador nas caixas de comentários, a repetir vinte, trinta e mais vezes a mesma parvoíce, pode levar o Ponte Europa a mediar os comentários. É uma situação que nunca quis, desejando que o Ponte Europa permaneça um espaço de debate vivo, livre e vigoroso.
Vários amigos perguntam como resisto a acusações infames, insultos reles e calúnias abjectas. É fácil, não ligo a quem atira pedras e esconde a mão, a quem não teria um pingo de coragem para dar a cara ou os neurónios suficientes para formular uma ideia.
Entendo que o insulto diminui quem o profere e não aquele a quem é dirigido.
Não me incomoda que a única pessoa a que alguns leitores não toleram as ideias, ou as exprima, seja eu próprio. Apesar de tudo, NUNCA censurei um comentário por mais boçal, injusto ou falso que fosse.
Não me faltam convites para escrever em páginas de jornais e blogues onde tenho a companhia de destacados cidadãos e honrados intelectuais. Tenho dedicado ao «Ponte Europa» um tempo que podia aproveitar de forma diferente.
Tenho espaço no «Diário Ateísta», «Sorumbático» e «Avenida da Liberdade». Se não puder continuar com as caixas do Ponte Europa abertas à participação dos leitores ponderarei se devo desistir ou limitar os comentários.
Não posso apelar para a consciência de quem a não tem. Temos de viver com quem temos. Apenas sentirei a falta de uma plêiade de leitores cuja preparação académica, cívica e intelectual fazem do Ponte Europa o blog que já é.
Vários amigos perguntam como resisto a acusações infames, insultos reles e calúnias abjectas. É fácil, não ligo a quem atira pedras e esconde a mão, a quem não teria um pingo de coragem para dar a cara ou os neurónios suficientes para formular uma ideia.
Entendo que o insulto diminui quem o profere e não aquele a quem é dirigido.
Não me incomoda que a única pessoa a que alguns leitores não toleram as ideias, ou as exprima, seja eu próprio. Apesar de tudo, NUNCA censurei um comentário por mais boçal, injusto ou falso que fosse.
Não me faltam convites para escrever em páginas de jornais e blogues onde tenho a companhia de destacados cidadãos e honrados intelectuais. Tenho dedicado ao «Ponte Europa» um tempo que podia aproveitar de forma diferente.
Tenho espaço no «Diário Ateísta», «Sorumbático» e «Avenida da Liberdade». Se não puder continuar com as caixas do Ponte Europa abertas à participação dos leitores ponderarei se devo desistir ou limitar os comentários.
Não posso apelar para a consciência de quem a não tem. Temos de viver com quem temos. Apenas sentirei a falta de uma plêiade de leitores cuja preparação académica, cívica e intelectual fazem do Ponte Europa o blog que já é.
Comentários
Caro, Carlos Esperança, considero a sua atitude verdadeiramente cristã, muito bem.
Por isso, é um imperativo que os comentários insultuosos sejam banidos. Quanto mais não seja, por uma questão de higiene cívica.
Compreende-se... enfim... mas que é lá isso??
Vou citar-lhe uma frase do Prof. Boaventura Sousa Santos que, provavelmente, já conhece.
"(...)as pessoas e os grupos sociais têm o direito a ser iguais quando a diferença os inferioriza, e o direito a ser diferentes quando a igualdade os descaracteriza."
Na verdade, ao adoptar-mos o sufrágio universal - conquista inalienável da democracia - criou-se a ilusão que, à ilharga disso, nasceria o respeito pelo cidadão.
É uma das ilusões democráticas.
Devemos ter a noção de que as perdas de respeito pelos "outros", não se podem combater pela fuga aos inusitados desafios, pelo desvio de objectivos e, muito menos, por atitudes censórias.
O combate à "falta de respeito", aos comportamentos incivilizados, num quadro democrático, faz com a educação. E esse é, como sabe, um processo longo, cheio de precalços e que, por vezes, atravessa gerações.
A blogosfera deve ser um espaço aberto onde o debate, por mais inquinado que esteja, é, também, um instrumento educacional. Nem que seja pelos "exemplos pela negativa", algumas vezes, incómodos, quase intoleráveis, mas paradoxalmente, pedagógicos.
Será mais útil saber que essas pessoas, efectivamente, existem, do que, tentar, liminarmente, varrê-las ou excluí-las.
É, de algum modo, o que se tem vindo a passar no "ponteeuropa". Sei que a educação cívica é um assunto que lhe interessa.
Continue, portanto, a lutar.
A educação para a cidadania - já o dizia Paulo Freire - é fundamental na construção da sociedade democrática. E é complementar da liberdade de expressão.
Agradeço as provas de solidariedade e reitero a minha determinação em não me deixar vencer.
À Ana:
Não me incomodam os insultos e cobardias. Mas é difícil lutar contra um energúmeno que coloca um texto idiota 30 ou 40 vezes na mesma caixa.
Deixei a tal «oração», repetida até à náusea, para que os leitores compreendessem o que se estava a passar.
A indigência intelectual é pior do que a maldade.
A ana passou-se de certeza (falta de alguma coisa?), quando se fala tanto da violência conjugal e familiar com casos dramáticos que são noticiados quase todos os dias vai daí e utiliza-se esta inferência infeliz e descontextualizada.
É a vida...
(não perca os próximos capítulos)
É preferivel a indiferença...embora reconheça que é *chato* ter de aturar atrasados mentais.
Continue. Um abraço
Repito o que te disse em tempos: Existem outros espaços mais adequados para essa gente de módica, ou nem isso, dimensão intelectual, poder escrevinhar à vontade. Ele há para aí tanta folha…
Compete aos autores do Blogue, no caso vertente a ti, decidir o que melhor entenderem.
Por mim, cortava-lhes a logorreia insultuosa, sem experimentar qualquer hesitação do ponto de vista ético, nem considerar que cometeria um atropelo à liberdade.
Um abraço
Não ajuízo neste caso da razão de A ou B, mas mesmo com as nossas legítimas opiniões até partidárias de cada um de nós só há que respeitar e não se entrar por comentários menos próprio; haja bom senso, e menos anónimos.
O senhor Esperança é um provocador mas esuqece-se que do lado oposto estão pessoas bem educadas e com infância que lidam bem com as opiniões alheia. E já agora, ridicularizam-nas...
"Entendo que o insulto diminui quem o profere e não aquele a quem é dirigido"
São palavras sábias, vindas de um sábio e, de modo bem semelhantes, de um dramaturgo famoso também!
William Shakespeare foi seu nome e ele disse:
“Quem furta de mim o meu bom nome rouba-me aquilo que não o enriquece, mas que deveras me empobrece.”
Autorizar tudo (como no Sorumbático)
Não autorizar nada (como no Abrupto)
Impedir Anonimato (como na Grande Loja do Q. Limiano)
Pelo que tenho visto noutros blogues, a 3ª solução costuma resolver os problemas do género do que aqui é referido.
Acho apenas que a ponte europa só deve acabar quando acabar a ponte rainha santa isabel.
Eu concordo com qualquer solução, nomeadamente a de impedir o anonimato.
Quanto às críticas infundadas, é sempre melhor a indiferença, mas essa é também uma opção pessoal com a qual me identifico e que aplico sempre, inclusivé.