A inefável D. Catalina Pestana disse, em tempos, numa entrevista à televisão, que era muito amiga de Paulo Pedroso. A afirmação seria inócua se, dias antes, não tivesse dito à PJ – como se soube depois – que confiava nos depoimentos que o incriminavam. Aceita-se que a piedosa senhora, amiga do peito e da missa, de Bagão Félix, nos longos anos de trabalho da Casa Pia nunca tivesse suspeitado de abusos de crianças. Vê-se que as almas pias, sempre com os olhos no Céu, são alheias à maldade do mundo. Não importa, pois, que Paulo Pedroso, que viu a vida política destruída, não tenha sido sequer acusado e que o juiz que procedeu à prisão preventiva, discreto, com televisões atrás, em pleno Parlamento, tenha sido acusado, por isso, de erros grosseiros. Em declarações de ontem ao Correio da Manhã, D. Catalina afirmou que «Nenhum juiz disse que Pedroso era inocente» , o que é verdade. Também nenhum juiz afirmou que D. Catalina fosse uma mulher honrada. Esta inocente suspeição que D. Catalina l