Azedume de Graça Moura e vitória de Obama
Vasco Graça Moura (VGM) não é apenas o poeta de grande sensibilidade, o escritor de enorme craveira e tradutor de raro mérito. É também, desde que foi ajudante de ministro de Cavaco Silva, um almocreve do cavaquismo e trauliteiro ao serviço do PSD.
Não dispenso os artigos de opinião no Diário de Notícias nem a torrente de adjectivos com que zurze os adversários do presidente do PSD, seja ele qual for. Um dos últimos adjectivos que dirigiu aos adversários políticos era menos rebarbativo e mais eufónico que o habitual – ranhosos.
VGM é divertido na ofensa, impoluto na gramática e trauliteiro na política. Não espanta o enlevo com que defende Manuela Ferreira Leite, a ex-ministra das Finanças cuja troca por Bagão Félix, fez dela uma governante competente. O que surpreende é o acrisolado amor a Bush, a Barroso e a Aznar e o rancor que vota a quem não os apoiar.
Vale sempre a pena ler VGM, não pelas ideias mas pela forma, não pela razão mas pela convicção que põe na defesa do eixo do bem e a fé que o acompanha nas profecias.
Fui reler este artigo do DN, de 17 de Setembro, em que já notava a mudança favorável dos juízos em relação ao seu admirado Bush e à justiça das suas decisões. Os encómios à política económica eram arrasadores e afirmava peremptório que «o argumento de que a maioria dos europeus prefere Obama a McCain não tem qualquer peso eleitoral, só mostra a parvoíce dos europeus e como acaba por ser eficaz a diabolização que a esquerda se encarrega de promover desde que se trate dos Estados Unidos e dos republicanos, enquanto se vai babando, extasiada, de socialismo prospectivo».
VGM é um perdedor. Além de perder um presidente do PSD por ano, acaba de perder a eleição de McCain. E a fé que punha no candidato republicano, quase tão avassaladora como a terna empatia que o ligava a Bush, há dois mandatos?!
Logo ele, que tinha vaticinado: «Enfim, afigura-se que McCain vai ganhar. Felizmente».
Não dispenso os artigos de opinião no Diário de Notícias nem a torrente de adjectivos com que zurze os adversários do presidente do PSD, seja ele qual for. Um dos últimos adjectivos que dirigiu aos adversários políticos era menos rebarbativo e mais eufónico que o habitual – ranhosos.
VGM é divertido na ofensa, impoluto na gramática e trauliteiro na política. Não espanta o enlevo com que defende Manuela Ferreira Leite, a ex-ministra das Finanças cuja troca por Bagão Félix, fez dela uma governante competente. O que surpreende é o acrisolado amor a Bush, a Barroso e a Aznar e o rancor que vota a quem não os apoiar.
Vale sempre a pena ler VGM, não pelas ideias mas pela forma, não pela razão mas pela convicção que põe na defesa do eixo do bem e a fé que o acompanha nas profecias.
Fui reler este artigo do DN, de 17 de Setembro, em que já notava a mudança favorável dos juízos em relação ao seu admirado Bush e à justiça das suas decisões. Os encómios à política económica eram arrasadores e afirmava peremptório que «o argumento de que a maioria dos europeus prefere Obama a McCain não tem qualquer peso eleitoral, só mostra a parvoíce dos europeus e como acaba por ser eficaz a diabolização que a esquerda se encarrega de promover desde que se trate dos Estados Unidos e dos republicanos, enquanto se vai babando, extasiada, de socialismo prospectivo».
VGM é um perdedor. Além de perder um presidente do PSD por ano, acaba de perder a eleição de McCain. E a fé que punha no candidato republicano, quase tão avassaladora como a terna empatia que o ligava a Bush, há dois mandatos?!
Logo ele, que tinha vaticinado: «Enfim, afigura-se que McCain vai ganhar. Felizmente».
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