Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Deve ter sido por causa do correio.
Como estaremos, neste negócio, dentro de um ano?
BM
Dentro de um ano é demasiado cedo mas dentro de meia dúzia far-se-á justiça.
Os arguidos serão condenados a «pesadas» multas.
Todos os dias conhecemos mais um pormenor ou, melhor, uma nova personalidade política ou partidária envolvida neste escabroso processo do BPN.
Qual o denominador comum?
Todos "serventuários" dos Governos de Cavaco Silva!
Cavaco Silva estará a leste deste escandâlo financeiro de gestão danosa, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro, etc.
Mas, independentemente, do distanciamento de Cavaco Silva em relação a esta podridão, esta situação, não deixará de ser evocada como o Cavacogate deste regime.
Seguir-se-ão as necessárias ilações sobre a qualidade ética dos seus colaboradores (ministros, secretários de Estado, etc) no tempo em que, suportado pelo PSD, exerceu funções de 1º. Ministro.
Ilações que não poderão deixar de ser pouco abonatórias.
Tanto rigor, tanta seriedade, tanta "credibilidade", e agora isto?
Ocorre-me outra pergunta:
Como pode o Dr. Dias Loureiro continuar a exercer as altas funções de membro do Conselho de Estado?