“PARADOXO MILITAR”
Por
J. Barroca Monteiro *
A comunicação social continua a trazer a público notícias negativas do sector da Defesa/Forças Armadas: «chefes militares num colete-de-forças» (1ª página no DN de 6Nov)
Fruto do reconhecido mal-estar dos militares, e paradoxalmente com o avolumar de manifestações de protesto com reiteradas declarações de disciplina dos seus promotores.
O problema do mal-estar dos militares transcende a questão dos salários. Aliás aumentar os salários na actual estrutura (MDN/FA) e na presente conjuntura nacional, não só não resolveria a questão, como seria socialmente mal aceite.
Diz o ministro da Defesa na RTP, que estava com os quatro chefes militares a tratar de resolver os problemas existentes. Duvidoso, é que os problemas venham a ser resolvidos no quadro da política conduzida nesta legislatura.
Esquecido o Estado-Maior da Defesa referido no “Programa do XVII Governo Constitucional” e ficando a Defesa pela acertada criação do Instituto do Ensino Superior Militar (2005), pela esdrúxula Lei Orgânica do Exército de 2006, pelo híbrido Comando Operacional Conjunto e por uma suposta reforma de carreiras e remunerações, estará terminado no sector o ímpeto reformista do governo.
Por resolver, o profundo desequilíbrio de recursos humanos, com quase um quadro (oficial/sargento) por cada praça (soldado/cabo). Num anuário recente do ministério: no Exército, 66 generais, 617 majores, 1.747 capitães/subalternos para 12.111 praças. Para quantas companhias e batalhões?
Melhores remunerações? Sim é possível, com novas FA: com metade a dois terços dos efectivos actuais; sem o desperdício das compras de equipamentos destinados ás guerras do século XX – agora que chegam os blindados Pandur, para quê, 37 tanques excedentários da guerra-fria e da Holanda (80 milhões) que por falta de uso e manutenção, em breve se limitarão a ocupar os parques e hangares de Santa Margarida, parados?
Perante a insatisfação que graça entre os quadros militares, como atender ás reais necessidades do País e FA? Na Defesa/FA, com uma legislatura falhada?
* Cor. (R)
J. Barroca Monteiro *
A comunicação social continua a trazer a público notícias negativas do sector da Defesa/Forças Armadas: «chefes militares num colete-de-forças» (1ª página no DN de 6Nov)
Fruto do reconhecido mal-estar dos militares, e paradoxalmente com o avolumar de manifestações de protesto com reiteradas declarações de disciplina dos seus promotores.
O problema do mal-estar dos militares transcende a questão dos salários. Aliás aumentar os salários na actual estrutura (MDN/FA) e na presente conjuntura nacional, não só não resolveria a questão, como seria socialmente mal aceite.
Diz o ministro da Defesa na RTP, que estava com os quatro chefes militares a tratar de resolver os problemas existentes. Duvidoso, é que os problemas venham a ser resolvidos no quadro da política conduzida nesta legislatura.
Esquecido o Estado-Maior da Defesa referido no “Programa do XVII Governo Constitucional” e ficando a Defesa pela acertada criação do Instituto do Ensino Superior Militar (2005), pela esdrúxula Lei Orgânica do Exército de 2006, pelo híbrido Comando Operacional Conjunto e por uma suposta reforma de carreiras e remunerações, estará terminado no sector o ímpeto reformista do governo.
Por resolver, o profundo desequilíbrio de recursos humanos, com quase um quadro (oficial/sargento) por cada praça (soldado/cabo). Num anuário recente do ministério: no Exército, 66 generais, 617 majores, 1.747 capitães/subalternos para 12.111 praças. Para quantas companhias e batalhões?
Melhores remunerações? Sim é possível, com novas FA: com metade a dois terços dos efectivos actuais; sem o desperdício das compras de equipamentos destinados ás guerras do século XX – agora que chegam os blindados Pandur, para quê, 37 tanques excedentários da guerra-fria e da Holanda (80 milhões) que por falta de uso e manutenção, em breve se limitarão a ocupar os parques e hangares de Santa Margarida, parados?
Perante a insatisfação que graça entre os quadros militares, como atender ás reais necessidades do País e FA? Na Defesa/FA, com uma legislatura falhada?
* Cor. (R)
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