Um dos homens que em Portugal sabe desta ‘poda’ (financeira), isto é, das suas ' maningâncias ' assente num saber camoniano (de 'experiência feito') é João Rendeiro (de sua graça) que resolveu produzir sobre o ‘caso GES/BES’, em desenvolvimento, algumas afirmações deveras preocupantes. Trata-se de um expert que sendo, neste momento, um dos principais arguidos no processo BPP ostenta publicamente o ‘ savoire faire ’ relativo a estas coisas e é tido pelos ‘ mercados ’ como um analista qualificado (que terá apreendido com o ‘desastre BPP’). Este ex-banqueiro (actualmente está inibido de exercer essa ‘profissão’) que virou comentador económico-financeiro na blogosfera ( link ; link ) admite que o impacto na economia gerado pela ‘crise GES/BES e associados’ poderá ser quantificado numa queda do PIB que atingirá 7,6% link . Até aqui as preocupações políticas (do Governo e dos partidos) têm-se centrado sobre quem vai pagar a falência do Grupo (BES incluído) e as c...
Comentários
A fractura que se divisa, a olho nu, no seio do PSF é um bom motivo para nos debruçarmos sobre a crise europeia do socialismo e, sentir a imperiosa necessidade de promover um alargado e aberto debate ideológico, equacionar novas bases programáticas de defesa da cidadania, novos programas de governo à margem do liberalismo reinante, alternativas de desenvolvimento equilibrado (atenuando as assimetrias regionais), promover a evolução tecnológica centrada no bem estar humano, incentivar a redistribuição da riqueza, estratégias sociais de combate à exclusão e à pobreza, conceitos para uma nova era ecológica, etc.
Um rol de questões que devem ser abordados com muita imaginação, sem os habituais dogmatismos, que ao longo de anos vêm inquinando a Esquerda.
Excluir da vida pública um dos cancros do socialismo actual: a atracção pelo pragmatismo, que não sendo política, é um conjunto insípido instrumentos de sobrevivência política, oco, vazio, adaptável a todas as situações – de Direita, do Centro da Esquerda – tanto faz.
A urgência deste debate é tanto mais pertinente quanto será óbvio que a actual crise financeira trará obrigatoriamente mudanças de paradigmas políticos, económicos e financeiros.