Como as cadelas apressadas parem…
Hoje, o debate sobre o “Estado da Nação” foi, por motivos circunstanciais, uma refrega coxa. O PSD que a todo o custo quer capitalizar o descontentamento popular, não estava representado pelo seu chefe. Velhas culpas de Manuela Ferreira Leite que, no presente, condicionam a confrontação democrática.
Paulo Portas fez […de bom grado] o frete de explanar a estratégia da Direita. Rasgou o manto diáfono de todas as sofreguidões. Miguel Macedo – por feitio, temperamento ou timidez – sendo o líder parlamentar do PSD, onde Coelho está ausente, raramente consegue ser o His Master Voice.
O palco ficou, portanto, com algumas abertas. Paulo Portas aproveitou o ensejo, chegou-se à ribalta e sugeriu à plateia uma coligação de três anos com o PSD e o CDS-PP para "tirar Portugal deste atoleiro", ou, com tentou ironizar, “deste pântano”.
Uma coligação a 3 [PS + PSD + CDS] com uma condição sine qua non: um governo tripartido sem sombra de José Sócrates!
E, não contente, definiu como deveria ser o “novo” líder do PS: um "líder moderado e com os pés assentes na terra".
Extraordinário! Não antevendo a possibilidade de o governo cair com uma moção de censura no Parlamento – até porque “isso” perturbaria os timings do PSD – cozinhou uma solução à sua medida, onde até o próprio cabia.
Esqueceu-se de explicar como e de que maneira o PS se livraria de José Sócrates. Minudências para um apressado candidato ao poder.
É por isso que o Povo diz que “cadelas apressadas parem os filhos cegos…”
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