A favor do fim dos chumbos!
A Ministra da Educação, num acto de coragem e lucidez, vem lançar o debate nacional sobre o valor das reprovações, nos primeiros anos de escolaridade.
Pela minha parte, concordo com o fim das reprovações até ao 9.º ano, altura em que o jovem terá 14 ou 15 anos. É assim no Japão, país onde 90% das pessoas termina um curso de nível superior.
A reprovação em nada beneficia o reprovado, muito menos os colegas dos "matulões". O chumbo, que normalmente se sucede mais uma ou duas vezes, não apresenta qualquer benefício social, nem resultados positivos para a aprendizagem da criança/ adolescente.
Se o aluno tem dificuldades intelectuais, emocionais ou de comportamento precisa de uma de três coisas:
- mais apoio ao estudo;
- apoio social e psicológico;
- medidas sancionatórias eficazes e dissuasoras.
Por outro lado, a partir dos 10 ou 12 anos (deixo aos especialistas o debate) os alunos devem ser canalizados para 3 tipos de ensino diferente (como na Alemanha):
1) o Liceu, que dará acesso à Universidade;
2) a Escola Secundária, que dará acesso ao Ensino Politécnico e similar;
3) Escola técnica, comercial e industrial, que permitirá entrar no mercado de trabalho a partir dos 16 anos.
Aplaudo a Ministra da Educação pela iniciativa e faço votos para que, de uma discussão serena e sem preconceitos, resulte nova luz para o ensino em Portugal.
Pela minha parte, concordo com o fim das reprovações até ao 9.º ano, altura em que o jovem terá 14 ou 15 anos. É assim no Japão, país onde 90% das pessoas termina um curso de nível superior.
A reprovação em nada beneficia o reprovado, muito menos os colegas dos "matulões". O chumbo, que normalmente se sucede mais uma ou duas vezes, não apresenta qualquer benefício social, nem resultados positivos para a aprendizagem da criança/ adolescente.
Se o aluno tem dificuldades intelectuais, emocionais ou de comportamento precisa de uma de três coisas:
- mais apoio ao estudo;
- apoio social e psicológico;
- medidas sancionatórias eficazes e dissuasoras.
Por outro lado, a partir dos 10 ou 12 anos (deixo aos especialistas o debate) os alunos devem ser canalizados para 3 tipos de ensino diferente (como na Alemanha):
1) o Liceu, que dará acesso à Universidade;
2) a Escola Secundária, que dará acesso ao Ensino Politécnico e similar;
3) Escola técnica, comercial e industrial, que permitirá entrar no mercado de trabalho a partir dos 16 anos.
Aplaudo a Ministra da Educação pela iniciativa e faço votos para que, de uma discussão serena e sem preconceitos, resulte nova luz para o ensino em Portugal.
Comentários
O fim das reprovações nas etapas iniciais do ensino obrigatório terá justificações psicológicas, educativas e, essencialmente, pedagógicas mas, acima de tudo, deverá obrigar as Escolas a um vigoroso esforço de recuperação e de rehabilitação dos alunos [e, porque não, dos educadores?] que descolam do pelotão, atrasando-se.
De qualquer modo, este esforço implica custos acrescidos com a Educação e, fundamental, a necessidade de um modelo de avaliação [caso contrário não se detectam as deficiências na aquisição e manejo de conhecimentos, saberes, desempenhos...].
Antes que surjam palpites considero que em turmas de 25 a 30 alunos a avaliação contínua não vale...
Finalmente, o fim das reprovações no fase inicial do ciclo educativo nunca poderá ser invocado - por ninguém! - como um indicador de sucesso do sistema [seja ele qual fôr]...
Se, existiram factos [inverosímeis e anti-pedagógicos]que - em minha opinião - causaram devastadoras turbulências nos sectores do ensino [público e privado] foram os espúrios "rankings" dos estabelecimentos de ensino...
Nunca as assimetrias regionais foram tão enxovalhadas e nunca o estatuto sócio-cultural e económico dos alunos tão mistificado!
O tronco comum do ensino obrigatório deve ser o mais longo possível e a sua ramificação em ensinos diferenciados [que devem possuir sempre a características de interpermutabilidade] não deverá - em minha opinião - ser tão precoce [10-12 anos].
Não acho ser o 9º. ano de escolaridade a altura certa para optar entre ensino secundário e as ofertas formativas dos cursos tecnológicos e cursos profissionais...
Mas, completamente de acordo, teremos chegado à altura de uma discussão pública sobre este assunto envolvendo professores, alunos e famílias [os ditos "encarregados de educação"].
E, com especial acutilância para as vias profissionalizantes, não passar ao lado da importantissima discussão da sua futura inserção [dos alunos] num desregulado mercado de trabalho...
Não tenhamos medo de abrir uma caixa de Pandora.
É preferível isso a tentar modelar administrativamente a tão instável adolescência.
Como tens professores na família ( e também o és) pensas que é útil acabar com as reprovações?
Eu não.
Até eu, que trabalho noutra indústria, sei que esta coisa de acabar com as reprovações serve só para... forjar estatísticas de sucesso escolar. E no limite, continuar a destruir a Escola Pública!
Ah! Mas eu queria era perguntar-vos se deram com o artigo da Laura Ferreira dos Santos - A Beleza dos funerais laicos - publicado no Público (31/07/10, pag 38). Fabuloso!
O factor "medo" (de reprovar) é importante no ensino e obriga a um esforço acrescido do aluno. Sabendo que se passa quer se tenha boas ou más notas cria um sentimento de injustiça e impunidade em quem se esforça e tira rendimentos do seu trabalho.
O ensino centrado no aluno não pode ser um ensino à la carte deste e dos seus pais, sem disciplina e punição.