A ICAR e a demagogia

O bispo Carlos Azevedo, em busca da púrpura e do solidéu vermelho, atrai o ridículo e a demagogia para agradar à sua Igreja, favorecida com privilégios que o pudor obrigaria a enjeitar.

Ao desafiar os políticos católicos a abdicarem de 20% do salário a favor de um fundo social que aumentaria os recursos com que a ICAR exerce o seu enorme poder sobre as populações mais desfavorecidas, o Sr. bispo esqueceu os banqueiros católicos que têm a graça de receber o triplo do vencimento do Presidente da República, após alguns anos a cuidar do vil metal em instituições financeiras. Esqueceu igualmente os recursos que vão de Fátima para Roma e os católicos que amontoam reformas como quem acumula indulgências.

Podia o influente prelado sugerir, nesta época de crise por que passamos, a abolição das isenções e benefícios fiscais que a Lei da Liberdade Religiosa concede à Igreja de forma injusta e imoral. Mas a demagogia manda que se ataquem os políticos porque desperta os instintos mais primários que sobreviveram à ditadura salazarista de que a Igreja católica foi cúmplice.

Enquanto persistirem os benefícios fiscais da ICAR e as pessoas obcecadas pelo Paraíso deixarem bens à Igreja, o poder do clero aumenta e a dependência das pessoas em relação às instituições eclesiásticas não deixa de se fazer sentir. Uma sociedade mais laica, fraterna e igualitária é uma exigência ética que dispensa as sugestões dos bispos e a ganância do clero.

Comentários

Anónimo disse…
o que me ainda me espanta

é estes senhores

donos de um elevadissimo patrimonio

resultado das dadivas dos crentes

hoje já mui diminuido com as elevdas indemnizações pelos crimes da pedofilia

ainda apareçam a falar de moral...

enfim,

já houve tempos em que era pior como quando na santa inquisição ecruzadas...

por isso é q sempre digo e grito

q a luta continua!!!´

abraço

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