Na morte de António Feio
O País perdeu um bom actor, um cómico de excelência e um cidadão de bem. Recordar o artista prematuramente desaparecido, após uma longa e dolorosa doença, é um acto de homenagem devido.
Pensar no que a televisão lhe fez, ela que tanto lhe devia, na forma torpe como exibiu a sua decrepitude inexorável, o seu sofrimento e a sua angústia, reviver a forma obscena como devorou em vida o cadáver que se pressentia, é sentir nojo por quem gosta de exibir a dor e o sofrimento, por quem não olha a meios para provocar as lágrimas e a piedade.
Os amigos servem para acompanhar na dor os que estimam, não exibem em público o seu sofrimento.
Há espectáculos que o pudor e o sentimento deviam evitar. António Feio morreu. Já se esperava. E não foi treta.
Pensar no que a televisão lhe fez, ela que tanto lhe devia, na forma torpe como exibiu a sua decrepitude inexorável, o seu sofrimento e a sua angústia, reviver a forma obscena como devorou em vida o cadáver que se pressentia, é sentir nojo por quem gosta de exibir a dor e o sofrimento, por quem não olha a meios para provocar as lágrimas e a piedade.
Os amigos servem para acompanhar na dor os que estimam, não exibem em público o seu sofrimento.
Há espectáculos que o pudor e o sentimento deviam evitar. António Feio morreu. Já se esperava. E não foi treta.
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