PR e a dignidade de "dar-se ao respeito"...
Cavaco Silva, nas suas deslocações oficiais, parece suscitar uma nefasta propensão para ser vítima de incomodidades e situações embaraçosas.
Já foi assim, em Praga, quando ouviu, impávido, o Presidente checo, Vaklav Klaus manifestar-se: "muito surpreendido por Portugal não parecer preocupado por ter um défice de oito por cento". Rematou, ainda: "Por favor não digam a ninguém que têm um défice maior que o nosso [cerca de 5% …]".
Mais tarde, o Presidente português, com os jornalistas da sua comitiva, mostrou insanáveis dificuldades em comentar as desabridas afirmações de Vaklav Klaus. Este lamentável incidente cívico e diplomático, para além das características pessoais que cada personalidade pública exibe, no exercício de funções de Estado [é disso que se trata], faz-nos pensar:
Porque fazem isso com Cavaco Silva?
Porque não o fizeram com Mário Soares e Jorge Sampaio?
A resposta fica em aberto.
Hoje, Aníbal Cavaco Silva encontra-se em visita oficial a Cabo Verde, ex-colónia portuguesa, para participar nas celebrações dos 35 anos de independência.
Nas cerimónias evocativas desta efeméride que decorreram no Parlamento cabo-verdiano, ouviu de Pedro Pires [actual Presidente de Cabo Verde] a seguinte homenagem à memória de José Saramago: "Cabo Verde fabrica o seu próprio chão, inventa a sua própria água, repete dia a dia a criação do mundo".
Para um homem que tentou com a sua ausência desvalorizar o insigne escritor nacional recentemente falecido, não participando nas homenagens que o povo [do qual é um lídimo representante] ofereceu a Saramago, estas palavras devem ter sido mais difíceis de engolir do que a famosa fatia de bolo-rei… . Mas, ao que parece, não se engasgou. Vai prosseguir a sua visita … dedicada à cultura e à língua lusíada, na ansiosa expectativa de poder voltar a ser envolvido noutra "parte gaga".
Como diz o povo: que fazer para "dar-se ao respeito"?
Já foi assim, em Praga, quando ouviu, impávido, o Presidente checo, Vaklav Klaus manifestar-se: "muito surpreendido por Portugal não parecer preocupado por ter um défice de oito por cento". Rematou, ainda: "Por favor não digam a ninguém que têm um défice maior que o nosso [cerca de 5% …]".
Mais tarde, o Presidente português, com os jornalistas da sua comitiva, mostrou insanáveis dificuldades em comentar as desabridas afirmações de Vaklav Klaus. Este lamentável incidente cívico e diplomático, para além das características pessoais que cada personalidade pública exibe, no exercício de funções de Estado [é disso que se trata], faz-nos pensar:
Porque fazem isso com Cavaco Silva?
Porque não o fizeram com Mário Soares e Jorge Sampaio?
A resposta fica em aberto.
Hoje, Aníbal Cavaco Silva encontra-se em visita oficial a Cabo Verde, ex-colónia portuguesa, para participar nas celebrações dos 35 anos de independência.
Nas cerimónias evocativas desta efeméride que decorreram no Parlamento cabo-verdiano, ouviu de Pedro Pires [actual Presidente de Cabo Verde] a seguinte homenagem à memória de José Saramago: "Cabo Verde fabrica o seu próprio chão, inventa a sua própria água, repete dia a dia a criação do mundo".
Para um homem que tentou com a sua ausência desvalorizar o insigne escritor nacional recentemente falecido, não participando nas homenagens que o povo [do qual é um lídimo representante] ofereceu a Saramago, estas palavras devem ter sido mais difíceis de engolir do que a famosa fatia de bolo-rei… . Mas, ao que parece, não se engasgou. Vai prosseguir a sua visita … dedicada à cultura e à língua lusíada, na ansiosa expectativa de poder voltar a ser envolvido noutra "parte gaga".
Como diz o povo: que fazer para "dar-se ao respeito"?
Será possível acabar o mandato com dignidade?
Comentários
Que embaraçou o protocolo da cerimónia, pois não havia presidentes convidados.
Claro que o bochechas ficava sempre bem na fotografia, até quando concorreu contra a colega deputada "dona de casa" em Bruxelas.
Sinceramente!
Soares teve o mérito de lutar contra a ditadura, o que Cavaco não achou necessário.
Há quem lute pela democracia e quem se limite a aproveitá-la em seu benefício.
Não sei qual a relação da ditadura que tivemos, e (in)dignidade dos nossos presidentes.
Se uns teem direito a ser indignos e outros não, são opiniões.
E sobre o aproveitamento da democracia em benefício próprio, seja lutador ou não, é sempre muito indigno!
E, há tanta indignidade de aproveitamentos próprios!
O post era sobre o actual presidente mas o caro leitor pretendeu beliscar Mário Soares e fê-lo. Com todo o direito, como acontece nos blogues de democratas.
Eu pretendi recordar que o actual PR, para além da falta de cultura, nunca foi um jovem que se indignasse com a ditadura que nos oprimiu e lançou na guerra colonial. Foi um dado biográfico que quis divulgar para apreciação de quem ameaça recandidatar-se.