PT/TEFÓNICA & MERCADO[s]...
Voltando à vaca fria...
Uma incontrolável agitação psico-motora, subsidiária da utilização da golden share pelo Estado, tomou conta dos mercados [latu senso].
Estes distúrbios que, frequentemente, se entrosam em quadros alucinogénicos conduzem – muitas vezes – a atitudes anti-sociais ou, no limite, à violência.
Este será um dos possíveis diagnósticos [haverá outros] acerca do comportamento dos ditos mercados neste mediático caso. Uma abstinência forçada no acesso a posições dominantes e dominadoras [num sector estratégico desse mercado] foi o rastilho para todos os descontrolos.
De novo, levanta-se o recurso a possíveis retroactividades. O mundo financeiro pretende gozar da inefável possibilidade de corrigir à posteriori os seus desmandos. Aguarda, a todo o transe, o pronunciamento de um tribunal europeu sobre a utilização de golden shares, adiantando a sua proibição como certa e segura. E se acaso o mercado for contemplado com mais esta benesse o sector financeiro e empresarial pretende – de imediato - aplicá-la, retroactivamente, à pretérita assembleia-geral da PT. Este sector só se sente bem com mordomias especiais e a possibilidade de ignorar os princípios de equidade que obrigam todos os cidadãos. Já assim foi numa infeliz justificação de Teixeira dos Santos sobre a retroactividade do aumento da carga fiscal à sombra do PEC. Hoje, o sacrossanto mercado, devolveu ao Estado [ao encontro da “doutrina Teixeira dos Santos”] estas levianas justificações político-económicas. É que, segundo o meu entendimento [não-jurídico], na última assembleia da PT, [...ainda] vigorava a possibilidade de utilização da golden share…. E todos os accionistas da PT - incluindo a Telefónica - sabiam disso.
Mas o problema é mais profundo. O mercado agita-se por não suportar intromissões do poder político. Nunca aceitou que a politica tenha voz activa [comande] a economia, as finanças ou defenda sectores estratégicos para um País. Isto é, o mercado deve abafar tudo. Sem quaisquer peias ou regulações… A mensagem é: o dinheiro não tendo pátria, não deve ter obstáculos.
Só falta assegurar – como se a Europa não vivesse numa crise provocada pelo mau funcionamento dos mercados - que o mercado livre é o supra sumo da salvação do País e, já agora, as delícias da Telefónica ...
Estes distúrbios que, frequentemente, se entrosam em quadros alucinogénicos conduzem – muitas vezes – a atitudes anti-sociais ou, no limite, à violência.
Este será um dos possíveis diagnósticos [haverá outros] acerca do comportamento dos ditos mercados neste mediático caso. Uma abstinência forçada no acesso a posições dominantes e dominadoras [num sector estratégico desse mercado] foi o rastilho para todos os descontrolos.
De novo, levanta-se o recurso a possíveis retroactividades. O mundo financeiro pretende gozar da inefável possibilidade de corrigir à posteriori os seus desmandos. Aguarda, a todo o transe, o pronunciamento de um tribunal europeu sobre a utilização de golden shares, adiantando a sua proibição como certa e segura. E se acaso o mercado for contemplado com mais esta benesse o sector financeiro e empresarial pretende – de imediato - aplicá-la, retroactivamente, à pretérita assembleia-geral da PT. Este sector só se sente bem com mordomias especiais e a possibilidade de ignorar os princípios de equidade que obrigam todos os cidadãos. Já assim foi numa infeliz justificação de Teixeira dos Santos sobre a retroactividade do aumento da carga fiscal à sombra do PEC. Hoje, o sacrossanto mercado, devolveu ao Estado [ao encontro da “doutrina Teixeira dos Santos”] estas levianas justificações político-económicas. É que, segundo o meu entendimento [não-jurídico], na última assembleia da PT, [...ainda] vigorava a possibilidade de utilização da golden share…. E todos os accionistas da PT - incluindo a Telefónica - sabiam disso.
Mas o problema é mais profundo. O mercado agita-se por não suportar intromissões do poder político. Nunca aceitou que a politica tenha voz activa [comande] a economia, as finanças ou defenda sectores estratégicos para um País. Isto é, o mercado deve abafar tudo. Sem quaisquer peias ou regulações… A mensagem é: o dinheiro não tendo pátria, não deve ter obstáculos.
Só falta assegurar – como se a Europa não vivesse numa crise provocada pelo mau funcionamento dos mercados - que o mercado livre é o supra sumo da salvação do País e, já agora, as delícias da Telefónica ...
Comentários
Gostaria de ter conseguido dizer o mesmo que disse, com tão poucas palavras. Parabéns pela síntese.