João César das Neves (JCN) e o Faceboock
A sanha contra JCN já levou à criação de uma página do FB «Correr com o César das Neves do DN, TV, Rádio e U.C. (Universidade católica)». Só falta pedir a exclusão do devoto, do próprio FB, do Banco de Portugal e da missa. A vocação censória iguala a do bem-aventurado e o senso aproxima-se do dele.
JCN diz muitas tolices? – claro que diz, e grandes, mas não fica sob a alçada do Código Penal. Acha que o ordenado mínimo deve ser reduzido e que os pensionistas são ricos? – De facto, ele pensa isso e revela a formação da madraça onde é aiatola, mas não sendo um pensamento digno, não é crime.
JCN gostaria que a sharia romana fosse a legislação que substituísse o direito de família, sem divórcio, com cadeias abertas para a IVG e a lapidação para mulheres adúlteras?
– É de crer que sim, mas há outros que pensam o mesmo e andam à solta.
JCN gostaria de confiar a saúde, o ensino, os Tribunais, a assistência e as polícias aos Irmãos Católicos e transformar o Estado num departamento da Conferência Episcopal? – É natural, mas pensar que a demência mística possa abalar os fundamentos do Estado de Direito é não acreditar na democracia.
JCN atira-se aos juízes do Tribunal Constitucional como um Cruzado aos mouros, mas não é diferente do PM que, com isso, perde legitimidade para o ser ou do presidente da CE, Durão Barroso, cuja chantagem devia ter sido repudiada pelo PR, se o houvesse.
JCN cilicia-se, viaja de joelhos, empanturra-se em hóstias, inala incenso, encharca-se em água benta e extasia-se com o brilho da púrpura, a beleza do báculo e o fulgor da mitra? – E o que temos nós a ver com isso?
O homem flagela-se e acha que «no [seu] medíocre quotidiano, continua a mesma mesquinha criatura que sempre foi»? – E que temos nós a ver com um raro momento de lucidez?
A censura é sempre um ato inadmissível e, vendo bem, JCN é um manancial de humor que diverte muito mais com as tolices que diz do que António Sala com «Anedotas» que publica.
JCN diz muitas tolices? – claro que diz, e grandes, mas não fica sob a alçada do Código Penal. Acha que o ordenado mínimo deve ser reduzido e que os pensionistas são ricos? – De facto, ele pensa isso e revela a formação da madraça onde é aiatola, mas não sendo um pensamento digno, não é crime.
JCN gostaria que a sharia romana fosse a legislação que substituísse o direito de família, sem divórcio, com cadeias abertas para a IVG e a lapidação para mulheres adúlteras?
– É de crer que sim, mas há outros que pensam o mesmo e andam à solta.
JCN gostaria de confiar a saúde, o ensino, os Tribunais, a assistência e as polícias aos Irmãos Católicos e transformar o Estado num departamento da Conferência Episcopal? – É natural, mas pensar que a demência mística possa abalar os fundamentos do Estado de Direito é não acreditar na democracia.
JCN atira-se aos juízes do Tribunal Constitucional como um Cruzado aos mouros, mas não é diferente do PM que, com isso, perde legitimidade para o ser ou do presidente da CE, Durão Barroso, cuja chantagem devia ter sido repudiada pelo PR, se o houvesse.
JCN cilicia-se, viaja de joelhos, empanturra-se em hóstias, inala incenso, encharca-se em água benta e extasia-se com o brilho da púrpura, a beleza do báculo e o fulgor da mitra? – E o que temos nós a ver com isso?
O homem flagela-se e acha que «no [seu] medíocre quotidiano, continua a mesma mesquinha criatura que sempre foi»? – E que temos nós a ver com um raro momento de lucidez?
A censura é sempre um ato inadmissível e, vendo bem, JCN é um manancial de humor que diverte muito mais com as tolices que diz do que António Sala com «Anedotas» que publica.
Ponte Europa / Sorumbático
Comentários
O articulista em questão (JCN) tem o direito de usar a insídia política, a divagação metafísica ou confabulação religiosa como instrumento material para dar corpo a 'estados de alma'. Tem todo o direito de confundir 'isso' com a realidade.
A pergunta a colocar será outra: não estará o dito senhor a 'gozar' com a maralha?
E alguns de 'nós' (os que o querem 'correr') a embarcar no logro um pouco quixotescamente - esgrimindo lanças contra moinhos de vento?
De facto, temos obrigação de conhecer os ardis que se tecem na praça pública.
Este 'gosto', esta atração, terá começado com a lenda (histórica) do Manelinho de Évora e continuará, nos tempos presentes, com o convívio semanal ou diário com as 'aparições' múltiplos 'cavaleiros da imaculada'.
Pouco diferença poderá haver entre a ocupação estrangeira e a submissão divina.
Ambas, podem ser vendidas ao desbarato como infinitamente 'misericordiosas'.
Deus podia ser uma ideia interessante mas tornou-de um pesadelo insuportável.