Notas Soltas - junho/2014
Instituto de Investigação Científica Tropical – A prestigiada instituição está em risco, por falta de financiamento. Quando as alterações climáticas ameaçam trazer as doenças africanas para a Europa, asfixia-se o organismo preparado para as combater.
Comissário Europeu – Como é que um Governo, que representa 27% do eleitorado, se sente com legitimidade para escolher o representante português na Comissão Europeia?
Espanha – A abdicação do rei Juan Carlos não pôs fim à herança que Franco impôs, só adiou o regime em que o chefe de Estado seja sufragado e regularmente escrutinado. As monarquias carecem de legitimidade e o carácter hereditário e vitalício é anacrónico.
Al-qaeda – Enquanto as democracias não reconhecerem na organização terrorista o seu carácter prosélito e totalitário, de acordo com o livro sagrado, a extrema-direita explora o medo e prepara-se para ser ela a retirar-nos as liberdades que a laicidade garante.
10 de junho – Perdido o carácter civilista que Jorge Sampaio acentuou, a data recorda agora o figurino salazarista. É um cadáver que se exuma anualmente para as soturnas comemorações oficiais e o desfile de vaidades.
Iraque – A tragédia sangrenta que o país vive é a consequência direta da aventura cruel em que Bush, Blair, Aznar e Barroso se lançaram sob o pretexto das armas químicas, a mentira que não lhes deixou remorsos e fomentou a atroz vingança em curso.
PR – Os repetidos desmaios de Cavaco Silva não são assunto privado, são um problema público que exige explicação. O país precisa de saber se a saúde o afeta nas funções, até porque ficou mudo perante os chumbos do OE-2014 e os ataques do Governo ao TC.
PS – Os portugueses desejam que a situação interna se esclareça e os militantes decidam quem tem mais experiência, maior dimensão política e capacidade para dirigir o país e o partido, numa altura em que o Governo anda à deriva, sem rumo e sem oposição.
Governo – A campanha contra o Tribunal Constitucional é uma obsessão insensata de quem nunca conseguiu elaborar um Orçamento de acordo com a CRP. A chantagem e a vitimização são a prova da incompetência que o silêncio do PR torna inquietante.
Emigração – No século passado, na década de sessenta, a Europa levou-nos os jovens, para trabalhos duros e insalubres, que enviavam as poupanças; hoje leva-nos elites, que o país educou, e repatria com juros os empréstimos com que Portugal os instruiu.
TC – A deputada e vice-presidente do PSD, Teresa Leal Coelho, revelou que o partido escolheu juízes por escrutínio político, insultando-os; e ao dizê-lo, denegriu a imagem da AR e esclareceu a enigmática boçalidade governamental: «foram mal escolhidos».
Mundial 2014 – As doses maciças de futebol serviram para anestesiar o País e deixar à solta o Governo. A ressaca trouxe o amargo dos resultados e o regresso à realidade mais implacável do nosso futuro coletivo.
Aquecimento Global – Tal como os criacionistas odeiam ouvir falar do evolucionismo, porque perturba a fé, existem grupos que combatem provas científicas sobre a catástrofe do aquecimento global, apoiados pelas petrolíferas, porque prejudica o lucro.
S.N.S. – A maior conquista dos portugueses, e a que mais nos fez prosperar, encontra-se em risco por falta de investimentos. Prefere-se o imobilismo na reforma administrativa e no aparelho de Estado à saúde dos portugueses.
PIB – Por decisão da UE, logo acolhida por Portugal, a riqueza oriunda da prostituição, tráfico e contrabando, integrará as estatísticas nacionais, a partir de setembro, e amplia o PIB em 0,4%. Sem cobrança de IVA, serve apenas para reduzir a % da dívida pública!
Bancos – Depois da maior fraude de sempre, o BPN, onde se atolou a fina flor do PSD, BPP, BANIF e BCP, surge o BES. A eurodeputada Ana Gomes disse que “o GES está para o BES como a SLN para o BPN”. Os contribuintes terão de pagar as burlas?
BES – A escolha do presidente do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (CFSIRP), Paulo Mota Pinto, para chairman do banco, revela a decadência ética e a promiscuidade entre os serviços secretos e as empresas privadas.
PEC IV – Relvas, Passos Coelho e Marco António preferiram a troica. Oliveira e Costa, Dias Loureiro, João Rendeiro, Jardim Gonçalves e Ricardo Salgado careciam de ajuda. Mais do que o país, eram banqueiros que precisavam de proteção. De proteções várias.
Parlamento Europeu – O fracasso de Marine Le Pen, em formar o grupo parlamentar de extrema-direita, foi a única boa notícia vinda da Europa num momento em que para pior já basta assim.
Turquia – Erdogan, primeiro-ministro, apodado de “muçulmano moderado”, anunciou para julho a indigitação do candidato do seu partido, AKP, às eleições presidenciais de agosto. Será ele próprio e não perderá as eleições, preferindo o Corão à democracia.
Conselho de Estado – A convocação que o PR fez deste seu órgão de consulta, não se destinou a analisar os desafios e chantagens do Governo ao TC ou a forma de o obrigar a respeitar a CRP, destinou-se a fazer pressão sobre o PS para ser cúmplice do Governo.
Vaticano – Sem renegar o ateísmo, apreciei a coragem de Francisco, o primeiro papa a ir ao coração da máfia calabresa e a ousar enfrentá-la: “Aqueles que durante a vida escolheram a via do mal, como os mafiosos, estão excomungados”. É o fim de um velho contubérnio.
Comissário Europeu – Como é que um Governo, que representa 27% do eleitorado, se sente com legitimidade para escolher o representante português na Comissão Europeia?
Espanha – A abdicação do rei Juan Carlos não pôs fim à herança que Franco impôs, só adiou o regime em que o chefe de Estado seja sufragado e regularmente escrutinado. As monarquias carecem de legitimidade e o carácter hereditário e vitalício é anacrónico.
Al-qaeda – Enquanto as democracias não reconhecerem na organização terrorista o seu carácter prosélito e totalitário, de acordo com o livro sagrado, a extrema-direita explora o medo e prepara-se para ser ela a retirar-nos as liberdades que a laicidade garante.
10 de junho – Perdido o carácter civilista que Jorge Sampaio acentuou, a data recorda agora o figurino salazarista. É um cadáver que se exuma anualmente para as soturnas comemorações oficiais e o desfile de vaidades.
Iraque – A tragédia sangrenta que o país vive é a consequência direta da aventura cruel em que Bush, Blair, Aznar e Barroso se lançaram sob o pretexto das armas químicas, a mentira que não lhes deixou remorsos e fomentou a atroz vingança em curso.
PR – Os repetidos desmaios de Cavaco Silva não são assunto privado, são um problema público que exige explicação. O país precisa de saber se a saúde o afeta nas funções, até porque ficou mudo perante os chumbos do OE-2014 e os ataques do Governo ao TC.
PS – Os portugueses desejam que a situação interna se esclareça e os militantes decidam quem tem mais experiência, maior dimensão política e capacidade para dirigir o país e o partido, numa altura em que o Governo anda à deriva, sem rumo e sem oposição.
Governo – A campanha contra o Tribunal Constitucional é uma obsessão insensata de quem nunca conseguiu elaborar um Orçamento de acordo com a CRP. A chantagem e a vitimização são a prova da incompetência que o silêncio do PR torna inquietante.
Emigração – No século passado, na década de sessenta, a Europa levou-nos os jovens, para trabalhos duros e insalubres, que enviavam as poupanças; hoje leva-nos elites, que o país educou, e repatria com juros os empréstimos com que Portugal os instruiu.
TC – A deputada e vice-presidente do PSD, Teresa Leal Coelho, revelou que o partido escolheu juízes por escrutínio político, insultando-os; e ao dizê-lo, denegriu a imagem da AR e esclareceu a enigmática boçalidade governamental: «foram mal escolhidos».
Mundial 2014 – As doses maciças de futebol serviram para anestesiar o País e deixar à solta o Governo. A ressaca trouxe o amargo dos resultados e o regresso à realidade mais implacável do nosso futuro coletivo.
Aquecimento Global – Tal como os criacionistas odeiam ouvir falar do evolucionismo, porque perturba a fé, existem grupos que combatem provas científicas sobre a catástrofe do aquecimento global, apoiados pelas petrolíferas, porque prejudica o lucro.
S.N.S. – A maior conquista dos portugueses, e a que mais nos fez prosperar, encontra-se em risco por falta de investimentos. Prefere-se o imobilismo na reforma administrativa e no aparelho de Estado à saúde dos portugueses.
PIB – Por decisão da UE, logo acolhida por Portugal, a riqueza oriunda da prostituição, tráfico e contrabando, integrará as estatísticas nacionais, a partir de setembro, e amplia o PIB em 0,4%. Sem cobrança de IVA, serve apenas para reduzir a % da dívida pública!
Bancos – Depois da maior fraude de sempre, o BPN, onde se atolou a fina flor do PSD, BPP, BANIF e BCP, surge o BES. A eurodeputada Ana Gomes disse que “o GES está para o BES como a SLN para o BPN”. Os contribuintes terão de pagar as burlas?
BES – A escolha do presidente do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (CFSIRP), Paulo Mota Pinto, para chairman do banco, revela a decadência ética e a promiscuidade entre os serviços secretos e as empresas privadas.
PEC IV – Relvas, Passos Coelho e Marco António preferiram a troica. Oliveira e Costa, Dias Loureiro, João Rendeiro, Jardim Gonçalves e Ricardo Salgado careciam de ajuda. Mais do que o país, eram banqueiros que precisavam de proteção. De proteções várias.
Parlamento Europeu – O fracasso de Marine Le Pen, em formar o grupo parlamentar de extrema-direita, foi a única boa notícia vinda da Europa num momento em que para pior já basta assim.
Turquia – Erdogan, primeiro-ministro, apodado de “muçulmano moderado”, anunciou para julho a indigitação do candidato do seu partido, AKP, às eleições presidenciais de agosto. Será ele próprio e não perderá as eleições, preferindo o Corão à democracia.
Conselho de Estado – A convocação que o PR fez deste seu órgão de consulta, não se destinou a analisar os desafios e chantagens do Governo ao TC ou a forma de o obrigar a respeitar a CRP, destinou-se a fazer pressão sobre o PS para ser cúmplice do Governo.
Vaticano – Sem renegar o ateísmo, apreciei a coragem de Francisco, o primeiro papa a ir ao coração da máfia calabresa e a ousar enfrentá-la: “Aqueles que durante a vida escolheram a via do mal, como os mafiosos, estão excomungados”. É o fim de um velho contubérnio.
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O relatório do Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS) 2014 intitulado " A Sáude - síndroma de negação" é um documento de leitura obrigatória para compreender a situação do investimento (e outras)...
http://justnews.pt/documentos/file/Relatorio%20Primavera%202014%20-%2028junho1.pdf