Madre Teresa de Calcutá e a indústria dos milagres
Deixo a biografia de Madre Teresa para os ódios de estimação e os devotos do costume. Refiro apenas a ajuda que prestou a João Paulo II na defesa da teologia do látex quando em África morriam centenas de milhares de vítimas da Sida e um cardeal afirmava que o preservativo era perigoso.
João Paulo II (JP2), amigo do peito e da hóstia de Pinochet a quem denodadamente quis defender, sem êxito, da prisão em Londres, foi mais político do que santo. Madre Teresa escapou à canonização em vida por não ser canónica antes da defunção. Recém defunta, obrou o primeiro milagre.
JP2 atribuiu a cura de uma indiana, com um tumor gástrico, à intervenção sobrenatural de Madre Teresa, um ano após a sua morte, e logo assinou um decreto confirmando a veracidade do milagre, com vista à beatificação da freira. A jovem indiana Monica Besra explicou em 1998 que foi curada de um tumor de tamanho grande no estômago mediante orações à Madre, apesar de os médicos que a trataram terem assegurado que ela não tinha cancro, mas um quisto. O Vaticano aceitou a cura como milagre em 2002.
Foi o que deu encomendar o milagre em país pouco devoto ao Deus de Madre Teresa!
O papa Francisco, com alvará para criar santos, é mais prudente, por vergonha ou receio de que o segundo milagre seja de novo posto em causa, mas os negócios da fé não se compadecem com pausas na máquina da santidade.
Assim, o milagre de que a bem-aventurada precisa, para ser elevada de beata a santa, foi adjudicado no Brasil, com menor hipótese de escândalo, também na especialidade de oncologia. Foi obrado em Santos e está a ser ‘investigado’ pelo Vaticano para canonizar Madre Teresa de Calcutá. Um homem internado em estado terminal, num dos hospitais da cidade, teve cura inexplicavelmente alcançada, segundo a Cúria Diocesana de Santos.
Não espanta a vocação dos defuntos para o exercício ilegal da medicina, o que admira é o faro do Vaticano para descobrir o/a taumaturgo/a.
Como é hábito, depois de apresentarem currículo para a canonização, os santos, depois de o serem, nunca mais se dão ao trabalho de obrar novos milagres. E a falta que fazem!
João Paulo II (JP2), amigo do peito e da hóstia de Pinochet a quem denodadamente quis defender, sem êxito, da prisão em Londres, foi mais político do que santo. Madre Teresa escapou à canonização em vida por não ser canónica antes da defunção. Recém defunta, obrou o primeiro milagre.
JP2 atribuiu a cura de uma indiana, com um tumor gástrico, à intervenção sobrenatural de Madre Teresa, um ano após a sua morte, e logo assinou um decreto confirmando a veracidade do milagre, com vista à beatificação da freira. A jovem indiana Monica Besra explicou em 1998 que foi curada de um tumor de tamanho grande no estômago mediante orações à Madre, apesar de os médicos que a trataram terem assegurado que ela não tinha cancro, mas um quisto. O Vaticano aceitou a cura como milagre em 2002.
Foi o que deu encomendar o milagre em país pouco devoto ao Deus de Madre Teresa!
O papa Francisco, com alvará para criar santos, é mais prudente, por vergonha ou receio de que o segundo milagre seja de novo posto em causa, mas os negócios da fé não se compadecem com pausas na máquina da santidade.
Assim, o milagre de que a bem-aventurada precisa, para ser elevada de beata a santa, foi adjudicado no Brasil, com menor hipótese de escândalo, também na especialidade de oncologia. Foi obrado em Santos e está a ser ‘investigado’ pelo Vaticano para canonizar Madre Teresa de Calcutá. Um homem internado em estado terminal, num dos hospitais da cidade, teve cura inexplicavelmente alcançada, segundo a Cúria Diocesana de Santos.
Não espanta a vocação dos defuntos para o exercício ilegal da medicina, o que admira é o faro do Vaticano para descobrir o/a taumaturgo/a.
Como é hábito, depois de apresentarem currículo para a canonização, os santos, depois de o serem, nunca mais se dão ao trabalho de obrar novos milagres. E a falta que fazem!
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