Preconceito de classe
Há mentalidades que pessoas cultas e civilizadas, por preconceito, atribuem a cavadores de enxada, trolhas ou estivadores, mas nunca a juristas e muito menos a magistrados.
Sabe-se que a mulher continua a ser vítima de discriminações. Tradições odiosas pesam nela com a brutalidade de séculos que a civilização ainda não conseguiu erradicar.
Que um meritíssimo juiz seja sensível à tradição que explica a violência sobre a mulher, é uma vergonha que estupefaz um cidadão, mas que dois venerandos desembargadores do Tribunal da Relação do Porto, acolham num acórdão referências a citações bíblicas e a jurisprudência medieval, insultuosas para a vítima queixosa e favoráveis a dementes e embrutecidos machos, é uma ignomínia.
Enquanto não vi a confirmação do acórdão, aliás douto, referido no DN, JN, TVI e Bola, não me atrevi a trazê-lo para este blogue.
Salva-se a honra do Ministério Publico que não se conformou com a decisão da primeira instância. Sobre o acórdão da Relação assinado, neste mês de outubro do ano da Graça de 2017, pelos desembargadores Neto de Moura e Maria Luísa Abrantes (enquanto adjunta), prescindo dos adjetivos e peço aos leitores que não os usem.
Basta refletirem sobre o artigo do JN.
Sabe-se que a mulher continua a ser vítima de discriminações. Tradições odiosas pesam nela com a brutalidade de séculos que a civilização ainda não conseguiu erradicar.
Que um meritíssimo juiz seja sensível à tradição que explica a violência sobre a mulher, é uma vergonha que estupefaz um cidadão, mas que dois venerandos desembargadores do Tribunal da Relação do Porto, acolham num acórdão referências a citações bíblicas e a jurisprudência medieval, insultuosas para a vítima queixosa e favoráveis a dementes e embrutecidos machos, é uma ignomínia.
Enquanto não vi a confirmação do acórdão, aliás douto, referido no DN, JN, TVI e Bola, não me atrevi a trazê-lo para este blogue.
Salva-se a honra do Ministério Publico que não se conformou com a decisão da primeira instância. Sobre o acórdão da Relação assinado, neste mês de outubro do ano da Graça de 2017, pelos desembargadores Neto de Moura e Maria Luísa Abrantes (enquanto adjunta), prescindo dos adjetivos e peço aos leitores que não os usem.
Basta refletirem sobre o artigo do JN.
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