A guerra e a violência
A violência praticada por militares britânicos sobre jovens civis iraquianos é uma nódoa que mancha a civilização de que nos reclamamos e uma acha suplementar na fogueira que incendeia o Médio Oriente.
Depois de idênticas cenas praticadas por militares americanos, da perpetuação do campo de Guantánamo e da invasão infeliz, criminosa e ilegal, só nos resta que a liberdade de expressão seja a moeda de troca para apaziguar os que legitimamente se consideram vitimas.
Na invasão do Iraque tudo o que podia correr mal, correu e corre efectivamente mal e da pior maneira.
Valha-nos a rapidez e a eficiência com que a Inglaterra investiga e pune tais desmandos. Resta saber se não ficariam impunes caso a comunicação social os não denunciasse.
Depois de idênticas cenas praticadas por militares americanos, da perpetuação do campo de Guantánamo e da invasão infeliz, criminosa e ilegal, só nos resta que a liberdade de expressão seja a moeda de troca para apaziguar os que legitimamente se consideram vitimas.
Na invasão do Iraque tudo o que podia correr mal, correu e corre efectivamente mal e da pior maneira.
Valha-nos a rapidez e a eficiência com que a Inglaterra investiga e pune tais desmandos. Resta saber se não ficariam impunes caso a comunicação social os não denunciasse.
Comentários
Convém, não aceitar isso como um dado adquirido ou "civilizacionalmente" justificado.
Não é?
Tem toda a razão.
O DN de hoje, pg. 10, (sítio indisponível) dá conta de que um «Juiz israelita advoga perda de nacinalidae a quem casa com palestinianos».
O sionismo no seu pior.
A par desta pedagogica e impiedosa lição de democracia oriunda da sabedoria ocidental acciona-se uma razão de peso e, para já, cortam-se os financiamentos. Os árabes tem um provérbio que adapta a esta estratégia:
"Para boa fome não há mau pão".
Sendo assim, Israel optou começar pela fome...
O terrorismo tem longos braços e a violência longas pernas... para andar.
- O semanário "News of the World" já teria sido revistado para confiscação das fontes de informação (computadores, incluídos)?
Ou o que passou hoje no "24 horas" não é um violência (ainda sem guerra declarada)?
Para aonde vamos em termos de liberdade de expressão, no caso vertente, de informação?
As declarações feitas por Socrates hoje, condicionando a liberdade (e outros valores fundamentais de uma sociedade livre) à responsabilidade não quererá dizer que só poderão falar, logo exprimir-se, os "meninos bem comportados"?
Quem julgará os critérios e os limites que definem a tal "responsabilidade" - uma comissão de avaliação (censória)?
As reacções violentas que varrem os países islâmicos contra a publicação dos cartoons, não podem justificar qualquer atropelo ou constrangimento às liberdades cívicas que regem a nossa actual sociedade como, em parte, já sucedeu nos EUA e na Inglaterra.
A violência justiceira não deverá calar a imprensa que vai trazendo à luz do dia escandalos das investigações - como parecem ser escutas telefónicas fora de qualquer controlo ou critério.
Necessitamos de uma imprensa livre para sobreviver: aqui, na Inglaterra, no Iraque, em qualquer lugar...