CDS - entre a direita e a extrema-direita
A Lei da Nacionalidade, recentemente aprovada na A.R., é um diploma equilibrado que mereceu os votos favoráveis do PS, PSD e PCP e a abstenção do BE e do CDS.
Compreendem-se as abstenções. O BE gostaria que a lei fosse mais benevolente na concessão da nacionalidade portuguesa e o CDS preferia-a mais exigente, ambos em coerência com o lugar que ocupam no espectro político nacional.
No entanto, Paulo Portas, entregou na passada quinta-feira, na AR, uma declaração em que classificou a lei como «uma concessão ao discurso politicamente correcto e não raro panfletário», acusando Ribeiro e Castro de ter pretendido aprová-la, intento de que teria sido demovido pela persuasão dos deputados Nuno Melo e Nuno Magalhães.
A acusação de Paulo Portas não é apenas o início da contestação à liderança de Ribeiro e Castro, é a colocação do CDS no espaço da direita radical, na franja ideológica com que Manuel Monteiro logrou a expulsão do seio dos partidos conservadores europeus.
Entre a linha civilizada e europeísta de Ribeiro e Castro e o nacionalismo exacerbado de Paulo Portas, acossado por Manuel Monteiro, o CDS desliza para a extrema-direita.
Comentários
Começou ao centro (?), quando estava na moda pretendeu ser "democrata-cristão", na fase monteirista vira deliberadamente à direita (extrema-direita?) e nos tempos mais recentes - do Paulinho - adoptou o perfil da direita-populista. Foi um rodopio!
Hoje, com Ribeiro e Castro, afunda-se nos seus meandros e hesitações.
Provavelmente virá a ser neo-liberal.
Outra máscara.
Ou o CDS está a fazer uma leitura antecipada (ou retardada ?)das presidenciais?
O PS que se cuide!
O pior está para vir.
O paulinho das feiras foi promovido a comentador da SICnotícias.
Com a experiência acumulada no "Independente" o Ribeiro e Castro que se ponha a pau.
Uma dúvida persiste: será que vai retomar o cerco mediático a Cavaco ou já fizeram tréguas?
Outro que terá de se por a pau?
Estamos aqui para ver!