Por dizer o óbvio

O Conselho Superior da magistratura aplicou ao juiz-desembargador Eurico Reis uma repreensão registada por ter defendido a demissão do Procurador-geral da República.

Se tivesse violado o segredo de justiça tratar-se-ia de uma conversa entre conhecidos.

Eurico Reis não compreende a razão da repreensão.

O juiz denunciou ainda a existência de um «entendimento de que algumas pessoas estão acima de crítica», qualificando-o de «resquício de antes do 25 de Abril» - diz a TSF.

Comentários

Anónimo disse…
As associações (ou se quisermos os Conselhos ou, ainda, os Conselhos Superiores) corporativas têm sempre destas coisas - vêm o Mundo pelo buraco do portão da sua quinta, o que é curto.
São muito susceptíveis a qualquer opinião que os incomode e têm um supremo gozo em repreender os outros. Jamais ouvimos dessas bandas uma autocritica.

Todavia, as repreensões não nos devem calar e, perante o escandaloso caso das escutas telefónicas, para além de condenar o vil assalto ao jornal 24 horas, devemos insitir que o PGR não tem condições para continuar a exercer o cargo. Não tem o minimo controlo sobre a instituição que dirige e quando é forçado a actuar escolhe os alvos errados - a imprensa que divulga as asneiras e preversidades do seu magistério e nunca os prevaricadores que conduzem as investigações.
Corporativismos...
Mas independentemente da "caçada informática" já efectuada é ou não verdade, p. exº.: que o telefone fixo do Sr. Presidente da República esteve sob
escuta?
São estas explicações que o sistema democrático merece. No meio de tanta balbúrdia a repreensão de um juiz opinativo é um fait divers. Só isso!
O essencial continua oculto apesar da urgência do esclarecimento público. Não foi isso que o PR pediu?
Então, para quando uma repreensão ao PGR ou, quem sabe, a demissão?
Continuámos à espera...

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