Terrorismo religioso

O terrorismo violento e persistente, que torna reféns as democracias, ameaça a liberdade e compromete os direitos individuais, tem a marca genética da religião, inspira-se nos livros sagrados e é acirrada pelo clero.

A mais ameaçadora das taras é o proselitismo.

A evangelização cristã foi a desgraça que levou a tortura, a humilhação e o genocídio aos povos que submetia à obediência papal. Livrou-nos da tragédia o laicismo e a progressiva secularização das sociedades apesar da nostalgia da Cúria romana e do azedume do clero.

Hoje, criam-se bandos de fanáticos em países que não reconhecem os direitos humanos, a igualdade dos sexos e a modernidade. São países dominados por clérigos, que manipulam os crentes, instilam o ódio nas crianças e condicionam a opinião pública.

As democracias, em vez de exigirem o respeito pelos direitos humanos, fizeram negócios milionários com os cleptocratas beatos e ignoraram a violência e os crimes em nome de um Deus cruel e apocalíptico.

As teocracias têm legiões de suicidas dementes, ansiosos por destruir a civilização e pôr em risco a sobrevivência da Humanidade, confiantes no prémio de 70 virgens e rios de mel em que o delírio místico os faz acreditar.

Em nome da liberdade religiosa, aceita-se o Corão e os clérigos que o debitam e sonham com um califado mundial, sob os auspícios do Profeta Maomé e desenvolve-se o racismo contra os árabes, como se fossem criminosos, sem punir os responsáveis pelas madraças onde se recrutam e formam os suicidas assassinos.

Se os cristãos levassem a sério certas passagens da Bíblia e os padres prometessem o Paraíso a troco do seu cumprimento, permitiríamos a catequese e homilias que incitassem ao crime, ao racismo, à xenofobia e ao anti-semitismo, para que alguns trogloditas ganhassem o Paraíso?

É preciso alterar a estratégia no combate ao terrorismo que tem a assinatura de Deus. Os crentes são as vítimas dos sacerdotes.

Os democratas têm o dever indeclinável de combater ideologias totalitárias e o clero que as promove. Os crimes de uma religião não se previnem com a violência de outra, anulam-se com a laicidade e o secularismo.

Comentários

Anónimo disse…
CE:

De qualquer maneira é conveniente não retomar o seguinte discurso, à Bento XVI:
"Mostra-me então o que Maomé trouxe de novo. Não encontrarás senão coisas demoníacas e desumanas, tal como o mandamento de defender pela espada a fé que ele pregava."

Ou, estar atento a "outras violências", como p. exemplo:
- o não à despenalização do aborto,
- o não às uniões homossexuais,
- o não à investigação e utilização das células estaminais embrionárias para fins terapêuticos,
- o não ao divórcio,
- o não ao preservativo,
- o não à ordenação das mulheres
- o não ao casamento dos sacerdotes

Enfim, o Homem cercado por múltiplas... violências.
Violentado!
Anónimo disse…
Só com muita má-fé é que se mistura a Santa Madre Igreja Católica Aposólica Romana a esses bárbaros terroristas.
Pôr tudo no mesmo saco é desonesto e enganador.
Como é possível comparar uma Religião de Amor, Paz e Vida a esses animais assassinos?
Anónimo disse…
Nenhuma religião promove a violencia.
Nem a Biblia nem o Corão.
O problema existe quando certos grupos interpretam as escrituras à sua maneira para atingir os seus propositos.
Esses é que têm de ser combatidos e irradicados
Vítor Ramalho disse…
pai de família

Tudo é possível numa cabeça como a do autor do poste.
Quando o ódio à religião é tanto nada me admira.
Começo a ter dificuldade de comentar alguns postes deste blogue. Não quero ser incorrecto, e escrever tudo o que penso sobre os autores.
Anónimo disse…
Para quem quiser entender – um padre herege?
«...O mais pernicioso foram e são ideias teológicas mesquinhas e ridículas. Também por isso, nomeadamente Buda, Confúcio, Sócrates e Jesus, figuras determinantes para a Humanidade e de cuja profunda religiosidade ninguém pode duvidar, foram considerados ateus. Sócrates concretamente bebeu a cicuta, acusado de ateísmo, e Jesus morreu na cruz, acusado de blasfémia...»
Religião e (in)felicidade / Anselmo Borges / Padre e professor de Filosofia – DN, domingo 12 Nov.
BM
Anónimo disse…
Pai de família:

"Só com muita má-fé é que se mistura a Santa Madre Igreja Católica Aposólica Romana a esses bárbaros terroristas."

Olhe que está a entrar em conflito com o seu chefe espiritual.
Leia o discurso de Bento XVI aos diplomatas dos países muçulmanos em 25 de Setembro de 2006, na sequência da polémica "lição", na Universidade de Regensburg:
"Neste contexto particular, desejaria hoje reafirmar toda a estima e o respeito profundo que sinto pelos crentes muçulmanos, recordando os propósitos do Concílio Vaticano II que constitui para a Igreja Católica a Magna Carta do diálogo islâmico-cristão: "A Igreja olha também com estima para os Muçulmanos que adoram o Deus único, vivo e subsistente, misericordioso e omnipotente, criador do céu e da terra, que falou aos homens e a cujos desígnios ocultos eles procuram com toda a alma submeter-se, assim como a Deus se submeteu Abraão, cujo nome a fé Islâmica com agrado pronuncia" (Declaração Nostra aetate, 3).

Oh pai de família! ainda acaba na seita do falecido bispo Marcel Lefebvre ou excomungado.
Não se exalte tanto, nem fuja aos cânones, porque o que está em causa, no actual momento, é só a despenalização da IVG. Isto é, a erradicação de uma inacreditável violência sobre as mulheres.
Não é o Apocalipse!
Anónimo disse…
Eis a explicação para a situação do nosso país!!!!

Durante uma visita a um Hospital de loucos, Sócrates pergunta ao director
qual o critério para definir se um paciente está curado ou não.
Bem, diz o director, nós enchemos uma banheira e oferecemos uma colher de
chá e uma chávena e pedimos para esvaziar a banheira.

Entendi, diz Sócrates, uma pessoa normal escolhe a chávena, que é maior.

Não, responde o director, uma pessoa normal tira a tampa do ralo...
Anónimo disse…
Sabemos de fonte segura qual vai ser a pergunta sobre a IVG:

QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE O ABORTO?

- Tem sido um bom Primeiro Ministro

- Tem sido um mau Primeiro Ministro

- Não tem sido Primeiro Ministro

(Assinale com um X o seu voto)
Anónimo disse…
CE:

"Um colectivo internacional de advogados apresentou hoje na Alemanha uma queixa contra o antigo secretário da Defesa norte-americano Donald Rumsfeld por ter justificado o uso da tortura contra prisioneiros de guerra no Iraque e em Guantanamo."
in Diário Digital / Lusa, hoje.

Um outro terrorismo - o de Estado - em julgamento.
Rumsfeld é acusado de ser um "dos arquitectos do programa norte-americano de tortura".
A acusação de outros "justificadores da tortura" está na forja porque, neste momento, beneficiam da imunidade decorrente do exercício de funções governamentais, como por exemplo o secretário da Justiça (Attorney General)- Alberto R. Gonzales e, como é obvio, o maestro desta "orquestra" - G. W. Bush.

Grandes trabalhos se avizinham no combate às múltiplas facetas do terrorismo.
Se há, neste conturbado Mundo, um objectico "global", é a luta anti-terrorista.
Não podemos encalhar no "terrorismo religioso", já que parte fundamental do seu exercício, se tem "acoitado" em aparelhos de Estado, capacitados para as maiores violências.
No Médio Oriente esta situação é paradigmática.
Tanto nos países muçulmanos, como em Israel.
Anónimo disse…
O Pai de família não conhece as Cruzadas, a noite de S. Bartolomeu, a Contra-Reforma, a Evangelização e, mais recentemente, o que se passou no Ruanda.

As fogueiras da Santa Inquisição não foram obra de muçulmanos.

A escravatura foi defendida por todas as religiões monoteístas.

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