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A FRASE
Por
Carlos Esperança
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A descolonização trágica e a colonização virtuosa
Por
Carlos Esperança
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Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
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E
A PREMONIÇÃO DE BAROJA
Alberto João Jardim dizia, recentemente, que não avançava para a liderança do PSD porque era um general sem tropas (territoriais). De facto, tropas regionais, sobram-lhe.
Este caricato episódio, lembrou-me um pequeno aparte da nossa cultura ibérica.
Um romancista espanhol, depois de tirar o curso de Medicina, vagueia pelo Mundo e vive as aguras do País Basco e dos subúrbios pobres de Madrid. É um romancista dos mais populares em Espanha durante os anos 30-40. Perfilha, intelectualmente, o anarquismo.
Chamava-se Pio Baroja.
Disse:
"O exército não deve ser mais do que o braço da nação, nunca a cabeça"
Portanto, Sr. AJJ, se tivesse o tal Exército que lhe falta, o que lhe fazia (que "ordens" lhe dava) para actuar em conformidade?
Qual a estratégia do PSD para a conquista do poder?
Qual o novo programa político?
Exaltava o populismo como doutrina de governo (na Europa)?
Tornava-se no companheiro (gémeo) de Berlusconi?
É a incapacidade de responder a estas questões, a para do esgotamento de dirimir nomes atrás de nomes que, neste momento, está a paralisar o PSD.
Um triste espectáculo que oferece ao País. Um pessímo indíce da nossa maturidade política que transmite para a Europa. Enfim, o descalabro.
É que o PSD continua a emitir sinais para o exterior que está pejado de dirigentes de transição, ansiosos de protagonismo imediato, mas não possui uma estratégia realista, consistente e estruturada para re-conquistar o poder, i. e., não para 2009, mas para 2013!
Isto, em Portugal, para um Partido político é trágico.
Grande parte dos PSD's vão, no dia a dia, bandear-se, paulatinamente, para o PS... Teremos o novo caciquismo do séc. XXI...
E, daqui a algum tempo, os barões, arvorados em generais, vão continuar sem Exército. É que ninguém quer assentar praça em soldado raso...
Mas este problema, político e não militar, é mais profundo.
É o resultado da "balbúrdia", da confusão e do esvaziamento ideológico.
É o resultado do pragmatismo, seja qual for e de que tipo for...
Invocar Sá Carneiro já não chega.
Esse foi um general mas hoje as tropas são outras...