Há quarenta anos, de facto

Foi em 3 de Agosto de 1968, há quarenta anos. E não, como diz o Expresso, em 1969.

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Foi sem dúvida em 1968; lembro-me perfeitamente da alegria que todos sentimos, e da preocupação sobre quem seria o sucessor: Marcelo Caetano, considerado mais "liberal", ou Santos Costa, da "linha dura". A questão demorou bastante tempo a ser decidida. De tal modo que, ainda em 28/09/68, a direcção nacional da Censura enviou às direcções regionais o seguinte - hoje caricato, mas na altura preocupante - telegrama com instruções: "CORTAR o nome de Salvador Caetano em anúncios e notícias de automóveis japoneses.Nos títulos das notícias referentes a Salazar deve ser dado ao Sr. Chefe do Governo o tratamento de Presidente. É um pedido do Chefe de Estado. Major Tártaro." (extraído do livro de César Príncipe "Os Segredos da Censura"). Até o Salvador Caetano apanhou por tabela, só por causa do nome!
AHP:

Não os matou o ridículo. Apodreceram e foram varridos numa madrugada.

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