Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Na verdade "alguém" distorceu as regras sobre o Tratado de Lisboa, quanto à unanimidade necessária.
E a prossecução das ratificações parlamentares, depois do referendo irlandês, cria, aparentemente, uma enorme pressão sobre os irlandeses.
Na verdade, a Europa menorizou o referendo irlandês e na prática está a isolá-los.
Esta "tenaz" sobre um pequeno País, que beneficiou muito com a integração na UE, é um exemplo.
Devemos tirar todo o tipo de ilações para além de uma suposta ingratidão.
É dificil manter a coesão do colectivo, mas continuo a interrogar-me se, em vez da Irlanda, tivesse sido a Alemanha a rejeitar o Tratado, sucederia o mesmo?