Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Na verdade "alguém" distorceu as regras sobre o Tratado de Lisboa, quanto à unanimidade necessária.
E a prossecução das ratificações parlamentares, depois do referendo irlandês, cria, aparentemente, uma enorme pressão sobre os irlandeses.
Na verdade, a Europa menorizou o referendo irlandês e na prática está a isolá-los.
Esta "tenaz" sobre um pequeno País, que beneficiou muito com a integração na UE, é um exemplo.
Devemos tirar todo o tipo de ilações para além de uma suposta ingratidão.
É dificil manter a coesão do colectivo, mas continuo a interrogar-me se, em vez da Irlanda, tivesse sido a Alemanha a rejeitar o Tratado, sucederia o mesmo?