Vital Moreira – Uma exaltante candidatura

No PS a campanha para as eleições europeias começou hoje, em Coimbra, com a presença de Sócrates e o elogio de Joaquim Gomes Canotilho a Vital Moreira. Propunha-me fazer o elogio do discurso de apresentação de candidatura de Vital Moreira ao Parlamento Europeu.

Melhor do que a exegese de um amigo e admirador, aqui fica uma peça que vale por si e pela força das convicções.

Até há pouco, Vital Moreira era uma referência académica, cívica e política. Desde que a sua candidatura foi anunciada começaram os ataques, alguns sórdidos, com manifesta falta de rigor e sem o mínimo amor à verdade.

Poucos sabem que Vital Moreira foi aluno do Liceu da Guarda e que, sendo o melhor no seu 7.º ano, onde se atreveu a cursar a alínea e) (direito) e uma outra alínea, facto inédito, em simultâneo, se distinguiu pelo brio académico e qualidade cívica. Tendo sido o melhor aluno, teve direito ao prémio Salazar. Teve a coragem de recusá-lo.

Este é também o traço da sua personalidade, homem com notável sentido de serviço público e uma enorme capacidade de se bater por valores.

O PS está de parabéns. A União Europeia precisa de facto, de muita força e Portugal precisa de ter força na União Europeia. Quem, como eu, acredita na Europa, está feliz com a escolha e sabe que terá uma voz incorruptível de republicano, laico e socialista no Parlamento Europeu.

Cada um terá da Europa o seu próprio conceito mas Vital corresponde inteiramente ao que perfilho e sinto-me honrado por ser ele a defendê-lo. É um privilégio.

Comentários

Anónimo disse…
Vital é fixe...
a luta continua...
abraço
e-pá! disse…
"Muitos bons desejos se enterram "...

A democracia portuguesa vive um quadro institucional, bem definido que, embora jovem (cerca de 35 anos), já construíu a sua memória.
Por outro lado, Portugal, enquanto País europeu, aderiu à União Europeia, integrando um amplo espaço geo-político, económico, social e cultural vasto e diversificado.
As próximas eleições europeias encaixam-se neste contexto, neste momento perturbadas por uma profunda recessão económico-financeira.

Ontem, o Prof. Vital Moreira - cabeça de lista do PS às eleições para o PE - na sua apresentação pública, em Coimbra, insistiu em "separar" estas eleições das legislativas (que ocorrerão no final deste ano).

As eleições não são o que os políticos querem, nem os eleitores votam segundo os desejos dos que aceitam submeter-se ao sufrágio popular.
O sistema político, embora esteja formatado por uma organização política compartimentada, não pode deixar de conceder aos eleitores a liberdade de interpretação e o alcance dos actos eleitorais participados, livremente, pelos cidadãos.

E, aqui, como na restante União Europeia, os eleitores "aproveitam" as eleições europeias para um ajuste de contas com os Governos nacionais.
Nada, faz prever, ou sugere que, as próximas eleições europeias, não sigam este tradicional precurso.

Aliás, neste preciso momento, as eleições são politicamente pouco claras e esclarecidas, já que a Europa continua a ser uma entidade de certo modo distante, onde o Parlamento Europeu tem (ainda) um papel pouco relevante, para não dizer acanhado e débil.
Diferente seria se, o Tratado de Lisboa, estivesse em vigor na UE, onde o PE disfrutasse de uma capacidade de decisão amplificada e influenciasse decisivamente a manobra política e, nestes tempos, também económica, comunitária.

Não é esse o caso. A questão da Irlanda estragou tudo.
E o próximo acto eleitoral rege-se pelo Tratado de Nice, em nada diferindo dos anteriores.
A única expectativa que existe e se mantem viva é uma eventual possibilidade de, a qualquer momento, entrar em vigor o Tratado de Lisboa.

Mas o Tratado de Lisboa é para os portugueses uma situação ambivalente. primeiro o orgulho de ter contribuído significativamente para a sua elaboração. Depois o desencanto da sua não-ratificação, através de referendo.
O PS não é o único responsável deste "desencanto". Muitos, dos que hoje se escondem, empurraram o PS para a renegação das suas promessas eleitorais de 95. A começar pelo Presidente da República.
Mas o PR não vai em Julho a eleições...

De maneira que de pouco vale lançar avisos à navegação.
As eleições europeias vão (ainda) ser uma reprodução do habitual ritual.
Com os mesmos ofícios e as mesmas etiquetas...embora os protagonistas das candidaturas possam ser outros.

Vital Moreira deveria tomar em consideração um velho ditado popular:
"Muitos bons desejos se enterram "...
Meus Caros: ainda que mal pergunte - o primeiro nome da candidatura europeia do PS deve continuar a blogar e a perguntar - embora ninguém lhe possa responder porque o seu blogue é um monólogo, com tudo o que isso representa quanto à personalidade - porque não é obrigatória a prescrição de genéricos ? A lenha que tem às costas é suficiente - escusa de procurar mais faulhas.
Eminência:

Bem-vindo a este espaço onde deixou de registar a bênção. É verdade que o bispo E-Pá dá conta do recado mas mais um bispo titular faz sempre falta.

Abraço.

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