Cavaco, turismo e economia
O candidato Cavaco Silva pode estar pior do que os portugueses pensam, apesar de falar por intermédio do Presidente da República depois de os resultados da actuação do mais dotado dos seus assessores – Fernando Lima – terem contribuído para o seu descrédito.
Ontem disse duas frases que, na boca de qualquer ministro, teriam provocado um coro de protestos:
1 – “Penso mesmo que em termos de dívida externa bruta, em termos de percentagem do produto, Portugal é o país que tem o valor mais elevado em toda a Europa”;
2 – “Os portugueses devem fazer férias em Portugal para evitarem o aumento da dívida externa” e “férias passadas no estrangeiro são importações e aumentam a dívida externa portuguesa”.
A primeira frase não é verdadeira nem benéfica. Era preferível que estivesse a mastigar bolo-rei em vez de a proferir.
A segunda é verdadeira mas contraproducente. Sendo Portugal beneficiário do turismo, imagine-se que os espanhóis, ingleses, holandeses e muitos outros turistas que nos visitam são aconselhados pelos respectivos países a proceder de igual forma, com a agravante de esses cidadãos levarem a sério o que os seus presidentes dizem.
Vale-nos o facto de o candidato Cavaco Silva ser pouco escutado além-fronteiras e de o ser ainda menos dentro do país, como se verificou nos casos do divórcio, do estatuto dos Açores, no casamento de indivíduos do mesmo sexo e em muitos outros.
Creio que nem um só português deixará de visitar a Capadócia ou o Vaticano, onde ele e a amantíssima esposa foram tão felizes, por causa das suas desastradas declarações. O único problema é se alguns chefes de Estado dos países nossos clientes resolvem apelar ao patriotismo dos seus concidadãos.
Até para se ser recandidato às presidenciais se exige bom senso.
Ontem disse duas frases que, na boca de qualquer ministro, teriam provocado um coro de protestos:
1 – “Penso mesmo que em termos de dívida externa bruta, em termos de percentagem do produto, Portugal é o país que tem o valor mais elevado em toda a Europa”;
2 – “Os portugueses devem fazer férias em Portugal para evitarem o aumento da dívida externa” e “férias passadas no estrangeiro são importações e aumentam a dívida externa portuguesa”.
A primeira frase não é verdadeira nem benéfica. Era preferível que estivesse a mastigar bolo-rei em vez de a proferir.
A segunda é verdadeira mas contraproducente. Sendo Portugal beneficiário do turismo, imagine-se que os espanhóis, ingleses, holandeses e muitos outros turistas que nos visitam são aconselhados pelos respectivos países a proceder de igual forma, com a agravante de esses cidadãos levarem a sério o que os seus presidentes dizem.
Vale-nos o facto de o candidato Cavaco Silva ser pouco escutado além-fronteiras e de o ser ainda menos dentro do país, como se verificou nos casos do divórcio, do estatuto dos Açores, no casamento de indivíduos do mesmo sexo e em muitos outros.
Creio que nem um só português deixará de visitar a Capadócia ou o Vaticano, onde ele e a amantíssima esposa foram tão felizes, por causa das suas desastradas declarações. O único problema é se alguns chefes de Estado dos países nossos clientes resolvem apelar ao patriotismo dos seus concidadãos.
Até para se ser recandidato às presidenciais se exige bom senso.
Comentários
Primeiro os nossos, depois os outros.
E se nós ficarmos por cá, compensamos os estrangeiros que, eventualmente não póem cá os pés.
Também não fazem grande falta, eles, com os seus costumes libertinos e libidinosos, que nada dizem ao Povo Português.
Embora não seja homem de cultura, nem candidato em quem eu vá votar, o Prof. Cavaco Silva tem o sentido pragmático do verdadeiro homem rural português.
Neste ponto, tenho de concordar com a sua lucidez.
Fosse sempre assim...