A regionalização e os partidos políticos
Poucos negam a urgência da Regionalização, cinco Regiões que permitam gerir os 308 concelhos e as 4260 freguesias em que se deixou dividir o país.
Antes dos acertos dolorosos e necessários, tendo em conta a necessidade estratégica de manter o interior do país povoado e de reduzir o número de autarquias, é imperioso que os regionalistas dos vários partidos consigam superar os bairrismos onde medram o caciquismo e nascem o tribalismo e as rivalidades pessoais.
O Estatuto dos Açores não pode servir para ajustar contas com Cavaco que tinha razão e a perdeu com a comunicação ao País onde mostrou ressentimento e défice democrático na forma que usou contra a decisão unânime da Assembleia da República. É desejável que a AR tenha em conta o que Cavaco pensa e esqueça a forma desastrada e ofensiva como se exprimiu.
Os órgãos faraónicos das Regiões Autónomas, em número de deputados, membros do Governo e organismos parasitários, são aliados dos adversários da Regionalização. Não podemos admitir que os deputados, com uma visão de curto prazo, facilitem os exageros autonómicos e impeçam, na prática, a autoridade dos Tribunais e órgãos de fiscalização da administração pública. Isso não é regionalização é um convite à impunidade.
É necessário desindexar os vencimentos dos autarcas do do Presidente da República e confiar aos presidentes das futuras Regiões a fixação do número de vereadores que em cada concelho podem exercer funções, bem como a tarefa de extinguir as Empresas Públicas Municipais que se multiplicaram como cogumelos quase sempre sem interesse ou lógica que ultrapassasse uma forma de criar lugares políticos.
A regionalização do Continente, em época de crise financeira, tem de ser a oportunidade para evitar erros cometidos nas Regiões Autónomas e para dimensionar adequadamente os órgãos das futuras regiões. Quem sabe se não servirão de exemplo para os excessos praticados pelos actuais presidentes dos Açores e da Madeira!
Antes dos acertos dolorosos e necessários, tendo em conta a necessidade estratégica de manter o interior do país povoado e de reduzir o número de autarquias, é imperioso que os regionalistas dos vários partidos consigam superar os bairrismos onde medram o caciquismo e nascem o tribalismo e as rivalidades pessoais.
O Estatuto dos Açores não pode servir para ajustar contas com Cavaco que tinha razão e a perdeu com a comunicação ao País onde mostrou ressentimento e défice democrático na forma que usou contra a decisão unânime da Assembleia da República. É desejável que a AR tenha em conta o que Cavaco pensa e esqueça a forma desastrada e ofensiva como se exprimiu.
Os órgãos faraónicos das Regiões Autónomas, em número de deputados, membros do Governo e organismos parasitários, são aliados dos adversários da Regionalização. Não podemos admitir que os deputados, com uma visão de curto prazo, facilitem os exageros autonómicos e impeçam, na prática, a autoridade dos Tribunais e órgãos de fiscalização da administração pública. Isso não é regionalização é um convite à impunidade.
É necessário desindexar os vencimentos dos autarcas do do Presidente da República e confiar aos presidentes das futuras Regiões a fixação do número de vereadores que em cada concelho podem exercer funções, bem como a tarefa de extinguir as Empresas Públicas Municipais que se multiplicaram como cogumelos quase sempre sem interesse ou lógica que ultrapassasse uma forma de criar lugares políticos.
A regionalização do Continente, em época de crise financeira, tem de ser a oportunidade para evitar erros cometidos nas Regiões Autónomas e para dimensionar adequadamente os órgãos das futuras regiões. Quem sabe se não servirão de exemplo para os excessos praticados pelos actuais presidentes dos Açores e da Madeira!
Ponte Europa / Sorumbático
Comentários
Dada a temática abordada, tomei a liberdade de publicar este seu "post", com o respectivo link, no
.
Regionalização
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Cumprimentos
É sempre muito amável mas há muito que ficou combinado que pode usar os meus textos como e quando lhe aprouver.
Abraço.
Um destes dias posso dar-lhe elementos sobre um movimento na defesa da regionalização (em Coimbra) cujo embrião já existe.
Mas tinha que ser o povo a votar as suas próprias regiões.
E se tivesse que haver sub-regiões, porque não?
Não acredito Carlos Esperança. Não que não acredite que não fosse mais uma prova a superar pelo povo português, mas há uma nata que actua em seu nome à qual não se sabe impor, sendo até o sustentador de modelos caciqueiros de actuação que só vistos de fora assumem a devida proporção, não os refiro porque em cada acto eleitoral autárquico os vamos conhecendo, quando o pragmatismo trucida sem apelo o mais leve assomo de ética.
Mas devo acrescentar que este é um bom têxto em defesa da causa, até porque sublinha as asneiras que não deveriam ser cometidas e que curiosamente também poderão e deverão servir para aperfeiçoar o que temos.